segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Parabéns, Floripa!


Não, o aniversário da cidade é em março.

É que, sábado, o Figueira carimbou o passaporte pra série A. Ontem, o Avaí, depois de ganhar de 3 a 2 do Santos, não corre mais o risco de cair.

Ou seja: em 2011, Santa Catarina, em especial Floripa, vai ter DOIS times na série A.

E daí, vocês me perguntam. COMO ASSIM, "E DAÍ?" É A CHANCE DE O BRASIL DESCOBRIR QUE EXISTE UMA ILHA PERDIDA, CHAMADA SANTA CATARINA, ENTRE O PARANÁ E O RIO GRANDE DO SUL!!!

De São Paulo pro norte do Brasil, eles acreditam que, ao sul do Paraná, é tudo Rio Grande. E não é, podem olhar no mapa. (Às vezes os mapas mentem, mas creio não ser este o caso.)

Bom, agora vocês entenderam, né? Eu torço pro Figueira, mas se o Avaí ficar na série A é bom pra Santa Catarina - pelo menos pro assunto ser incontornável nos noticiários futebolísticos.

Outra coisa que eu queria falar: ontem, li que a torcida do Palmeiras vaiou o primeiro gol do Palmeiras, que abriu o placar contra o Fluminense - depois perdeu, mas o caso não é esse.

Eles queriam perder só pra fuder com o Curíntia.

A verdade é que eu também torci pro Fluminense, embora eu odeie esse time. Qualquer um é melhor que o Curíntia - incluindo, nesse qualquer um, o Avaí e o Grêmio, mesmo eu sendo Colorada e Figueira.

Mas, meus caros, eu acho isso uma tolice. Ficar feliz com a derrota alheia é tão bom quanto gozar porque o vizinho brochou. (Perdoem-me a expressão, mas é isso mesmo.)
Eu nunca torci contra o Avaí ou o Grêmio. Nunca talvez não, mas vê-los perder não me satisfaz. É tão ridículo ficar feliz porque o teu amigo ou irmão tá triste porque o time dele perdeu, que me dá até pena.

E porque eu torço contra, principalmente, o Curíntia e o Framengo? Simples. São dois times que roubam pra ganhar - eu prefiro o Chapecoense, que não tem nem o Catarinense, mas joga honestamente, a ter trezentos brasileirões roubados. Mas vê-los perder não me deixa feliz. É só uma sensação de vingança, algo como ver o Maluf pegando alguns anos de cadeia com três estupradores na mesma cela.

Felicidade, meus caros, só se experimenta quando o seu time ganha. Se o teu time não te deixa feliz, pra tu teres que torcer pros outros perderem pra ficar feliz, troque de time.

Conselho de uma Colorada que viu o time conquistar duas Libertadores.

Ps: pra quem não é de Santa Catarina, nós ficamos aqui:

domingo, 28 de novembro de 2010

Borges e os Orangotangos Eternos


Aqui está a minha tão prometida resenha do Borges e os Orangotangos Eternos!!!

Borges e os Orangotangos Eternos - Luís Fernando Veríssimo

Bom, eu peguei ele junto com Os Espiões, do mesmo autor, e li os DOIS em DOIS dias!!!

Só pra constar: este livro é melhor. Conta a história (em primeira pessoa, pra variar) de um cara chamado Vogelstein, que é tradutor de uma revista sobre Poe, chamada O Escaravelho Dourado e traduz um conto do Borges acrescentando um monte de coisas, "una cola" horrível, segundo o próprio Borges, que leu a tradução.

Vogelstein se arrepende do que fez, e aí começa a procurar Borges. Não o encontra.

Muito tempo depois, uma conferência sobre Poe acontece em Buenos Aires e Volgestein vai pra lá e conhece Borges.

Um dos conferencistas é assassinado e os dois começam a investigar o caso.


Bom, não vou contar o final. Mas quem o escreve é o próprio Borges.

Simplesmente genial! Leiam!

Ps: Eu peguei O Aleph, do Borges, pra ler e não tou conseguindo terminar.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Pupila

Bom, a última fic que eu repostei não recebeu nenhum comentário, mas eu estou com preguiça de escrever qualquer coisa criativa, então reposto outra:


Pra começar, Naruto não me pertence (mas eu ainda vou devorá-lo)

Asuma é bem mais velho que a Ino.

Estão avisados.

Pupila

(Pupila [do latim pupilla, 'menininha, bonequinha'] 1. menina-dos-olhos; 2. discípula.)



Onze entre dez pessoas que trabalham a semana toda escolhem o dia de folga para fazer compras.

Como todo homem que se preze, Asuma resolve "encher a despensa" quando esta vira um amontoado de pacotes de miojo, de Sazón, de bolacha, de pão, de salgadinho, garrafas de saquê, latinhas de cerveja e carteiras de cigarro – tudo vazio.

Apesar de não haver nada comestível, "bebível" ou "fumável" em casa, ele não tinha pressa: seguiu pela rua pouco movimentada, parando de repente quando um tufo de cabelos louros lhe chamou a atenção.

Na vitrine da loja havia muitas bonecas de porcelana, mas uma só o fez prender o olhar, por lembrá-lo de uma conhecida. Uma menina especial.

A boneca trajava um vestido de seda estampada em quadriculado miúdo preto e branco, um chapeuzinho branco com um laço no mesmo motivo da roupa. Os punhos, a gola e as barras eram decoradas com bordado inglês alvo e, sob a saia, podiam-se ver sete anáguas brancas de renda. Na cintura, ia um aventalzinho de babados. Os pezinhos eram cobertos por um sapatinho boneca.

Os olhinhos azuis, muito redondos, pareciam dizer "Olá, sensei", enquanto a boquinha pequena sorria.

-Ino... – sussurrou para si e deu meia-volta. Precisava parar de pensar assim nela.

-Olá, sensei! – uma voz cristalina chamou.

O jounin fechou os olhos. Maldição. Ou ele enlouquecera de vez ou a boneca criara vida.

-Asuma-sensei!

A primeira hipótese continuava sendo a mais plausível.

-Asuma-sensei? Está me ouvindo? – disse a voz, mais próxima, e uma mão macia segurou-lhe o antebraço.

Existem alucinações palpáveis?

Virou-se.

-Ino?

A boneca criara vida mesmo.

-Estava distraído, sensei? – ela perguntou, seu riso fácil era tão lindo. – Ou está apaixonado?

O coração do jounin falhou uma batida. As bonecas também têm sexto sentido?

-Ah... Uhm... Ain...

-Então está! Ah, sensei, que fofo! Ela tem muita sorte!

"Agora ela vai perguntar por... Peraí! Ela disse sorte?"

Ino sorria:

-O senhor devia comprar um presente pra ela. Sei lá. Flores. Toda mulher adora receber flores!

"Flores? Presentes? Parece que você sabe que ela é você, minha pupila."

Fitou-a e, de repente, surgiu diante dele a mesma Ino, porém vestida como a boneca de porcelana. Tirando, claro, o fato de a menina segurar uma sombrinha xadrez ornada com rendinha.

-Sensei – disse a pequena num sopro de voz e sentou-se, uma inocência misteriosa estampada nos olhos tão azuis. Cruzou as pernas e as anáguas sucediam-se, tentadoras. Asuma ajoelhou-se diante dela e se pôs a levantar as saias, uma de cada vez.

A última chegou, tão branca e igual às outras, mas com um sabor de descoberta, de pecado, sem igual. Ergueu-a, finalmente. As canelas eram brancas e engrossavam em coxas e, acima delas, havia o quadril. Descobriu, então, que a alvura das pernas era uma meia-calça de lã, que escondia mais do que deveria.

Ino ergueu-se, tomando as saias da mão do mestre, caminhando delicadamente, a sombrinha cobria-lhe parcialmente o rosto.

Correu a acompanhá-la, satisfeito em sua loucura, ofereceu-lhe o braço, ela aceitou, até chegarem à ponte.

Lá, a gennin parou, tirou uma das luvas delicadas e entregou a mão, que foi beijada afoitamente, os beijos subiram pelo braço, até o pescoço, que foi lambido quase com fervor.

Ela o deteve, pousando ambas as mãos espalmadas sobre o peito do professor, e o beijou na boca.

Aceitou o carinho e o ritmo que ela impunha, enroscando as línguas, mordendo-lhe de leve o lábio inferior.

Ino abraçou seu sensei com força, ficou na ponta dos pés para beijá-lo, deixou as mãos dele segurarem sem ousadia a cintura fina.

A menina acariciou os cabelos do Asuma, vendo-o sorrir satisfeito.

-Está feliz? – perguntou com ar misterioso e obteve resposta afirmativa:

-Como não estaria, se tenho diante de mim o mais lindo dos anjos, a menina dos meus olhos?

Beijou-o outra vez, com paixão, depois calçou a luva que tirara e sorriu languidamente.

-Asuma! Ô Asuma! Tá surdo, é?

Sacudiu a cabeça. À sua frente estava Shikamaru com as mãos postas na cintura e uma feição meio preocupada.

-Shikamaru?

-Ah, acordou? O que é que tu tá fazendo aí parado, com cara de idiota?

Olhou em redor. Estavam na ponte, e nem sinal da menina.

-Onde está a Ino?

-Ino? Tem Ino aqui não. Bebeu?

-Mas ela estava...

-Está na floricultura da família. Acabo de vir de lá – explicou o chuunin. – Agora sai daqui que querem passar um sofá e você está no caminho.

Obedeceu e, quando enfiou a mão no bolso do colete, achou um lenço branco com o ideograma de "Ino" bordado e com o cheiro dela.

Aquilo fora bom demais para ter sido real, e real demais para não o ser.

BASTIDORES

Asuma – A única louca aqui é você, Kiyamada!

Elizia – Mas ficou booom ^_^

Asuma – Eu nunca apareço nas fics e, quando você resolve fazer uma pra mim, é uma asneira dessas?

Eli – Não enche, vai. Senão eu posso te abduzir pra Saturno e aí vais ser esmagado pelo teu próprio peso u.u

Shikamaru – Morte divertida essa... e.e

Eli – E tu, Shika? O que achou?

Shika – A Ino é minha!

Eli – Pô, a guria tá podendo. Mais alguém?

Chouji – Eu!

Eli – Ah, vão se catar! =P

P.S.: Adote uma baka, deixe um review!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tudo o que ele queria

Bom, eu ainda preciso postar a resenha que prometi do livro Borges e os Orangotangos Eternos, mas como eu não tenho tempo de escrevê-la (estou terminando um trabalho de latim), posto, pela primeira vez nesse blog, uma fic de Fruits Basket, que eu escrevi há muito tempo.

Eu gostei bastante dessa fic, e o que mais criticaram foi o casal.




Bom, povo: de início, Fruits Basket não me pertence (não consigo, agora, lembrar o nome da autora. Deu branco.)

Depois, isso é yaoi lemon. Não sabe o que é? São dois homens se agarrando e fazendo sexo. Isso mesmo. E o casal é Hatori e Momiji, o que significa que são eles que vão se agarrar. Sim, eu sei que o Haa-san é bem mais velho que o Momiji-chan. Eu também sei que os dois são primos. Se isso é incesto? Pedofilia? Aí é com vocês. Não é problema meu. Se tem algum recalcado, moralista, cricri, xarope, mala ou menor por aí, que suma, vaze, desapareça, etc. Ou aguente as consequências.

Tudo o que ele queria

Entrou na própria casa, atirou o paletó numa poltrona e se jogou no sofá. A escuridão reinava. Não acendera uma lâmpada. Ouviu um gemido de dor.

Levantou-se rapidamente. Momiji estava deitado no sofá e fora atropelado pelo médico.

-O que faz aqui?

-Vim ver você – disse o coelho, sonolento. –Mas você demorou e eu peguei no sono.

Sentou-se ao lado do menino, fitando aqueles enormes olhos cor de ferrugem:

-Machuquei você?

-Não – replicou o lourinho, sorrindo. –E você parece tão cansado, Harry.

-Akito está mal de saúde, eu tenho trabalhado o dobro por isso.

O mestiço abraçou o primo:

-Por que você tem que se preocupar tanto com ele?

-É a minha sina.

Caiu no colo do mais velho, brincando-lhe a franja escura:

-Descanse, agora – disse com voz suave. – Vou preparar um banho para você.

-Ma...

-Shhh. Você cuida de todo mundo, deixe-me cuidar de você um pouco.

Hatori deixou o corpo cair, relaxado, nas costas do sofá, fechou os olhos e sorriu, concordando.

O alemãozinho levantou-se e, com cuidado, encheu a banheira, perfumou-a, decorou-a.

-Esta toalha... Tão macia... Tem o cheiro de Harry.

Voltou à sala, o primo quase dormia no sofá.

-Vem, Harry.

Hatori levantou-se com dificuldade, foi guiado pelo coelho até o banheiro quente e úmido.

-Ah, Momiji, esse perfume é tão bom... – disse o dragão enquanto o lourinho desabotoava-lhe a camisa. – Você sempre sabe do que eu gosto.

O mestiço tirou a peça incômoda com cuidado, abriu as calças do médico, mas este não lhe permitiu tirá-las. Fez ele próprio e entrou na água.

Fechou os olhos, deliciado com a sensação.

A lebre fitava, enternecida, o primo mergulhado na água morna, coberta por espuma abundante. Tirou a própria roupa e, fora da banheira, começou a massagear os ombros do dragão:

-Relaxe, Harry. Relaxe.

-Hum, Mom...

-Shh. Não fala nada. Só aproveita.

Hatori ficou gemendo baixinho, sentindo as mãos brancas apertando-lhe as espáduas, o corpo claro aproximar-se do seu, a respiração morna na sua nuca e as palavras doces no seu ouvido:

-Harry, relaxa... Me deixa te fazer feliz...

Mal percebeu quando o coelho entrou na banheira e sentou-se-lhe no colo,continuando a massagem, mas agora beijando o rosto, os dedos escorreram para os mamilos e os beijos para o pescoço.

Hatori gemia cada vez mais.

Quando as palmas chegaram à barriga, o médico interrompeu o trabalho do primo:

-O que... Pensa que es... Está fazendo?

-Me deixa fazer você feliz – choramingou o menino.

-Não posso. Você é só uma criança.

-Por favor...

-Não, Momiji.

-Mas Akito pode, né? –disse, quase chorando. Foi abraçado:

-Você sabe o quanto eu gosto de você. Não quero machcá-lo, nem fazer você sofrer.

-Eu quero ser seu, Harry.

-Nada me faria mais feliz.

Os lábios se tocaram num leve roçar e Hatori lambeu a boquinha miúda, invadindo-a com sua língua, capturando o fôlego do menino num beijo espetacular.

-Harry...

-Vou fazer o que você quer, Momiji.

O coelho sentou-se bem no colo do outro, beijaram-se de novo e de novo, depois de novo, as mãozinhas claras provocando os mamilos, arranhando a barriga, descendo – tímidas, eu diria – até o sexo do homem à sua frente.

Fitaram-se por um instante, o lourinho vermelho como um pimentão, o moreno arfante:

-Por que parou?

O pequeno corou ainda mais e sentiu as mãos do outro infiltrar-se por suas pernas, brincarem com seu órgão, provocarem devagar, escorrendo até as nádegas. Gemeu.

-Está com medo agora, Momiji-chan?

O alemão respondeu com outro gemido.

-Parece que não... – Beijando o pescoço branco.

Os dedos atrevidos passearam pelo rego do menino, insinuando entrada, arrancando exclamações de deleite.

Os beijos continuavam cada vez mais longos e apaixonados.

-Vem, Har... Harry... Entra... Em mim...

Um dedo atendeu ao pedido indecente, guardando-se na entradinha apertada.

O coelho gemeu alto dessa vez, num misto de dor e prazer.

A falange se movimentava devagar e em círculos, procurando aquele ponto em especial, o que faria o menino gemer mais desesperadamente.

O segundo dedo entrou e juntos fizeram o pequeno Momiji arquear as costas e ronronar de prazer, ao tocar a partezinha sensível.

-Harry!

Foi preparado mais rapidamente agora, os dígitos tocando-lhe a próstata sempre, os terceiro juntou-se aos demais, aumentando a dor e o prazer.

Gemendo alto, o coelhinho pediu para ser possuído. Os dedos o abandonaram. A sensação de vazio esteve por pouco tempo, logo foi substituída pela do pênis do mais velho na sua entradinha.

Deu, ele próprio, um impulso para baixo, o início o penetrou, a dor foi ouvida num grito.

-Calma, meu anjo.

Haa-san consolou a dor com beijos e palavras de amor: a recompensa pela entrega.

O membro duro foi entrando, forçando passagem, o corpo miúdo impunha fortes barreiras.

-Harry... – gemeu o pequeno, esmagando os olhos e algumas lágrimas que escapavam deles. – Diz pra mim...

-Uhn? – Hatori não queria perder o bom-senso, não ainda, não iria machucar aquele anjo. Mas o prazer avassalador já o enlouquecia, aquelas contrações o apertavam de modo delicioso.

-Fala que me ama, fala.

-Eu amo, amo você. Mais que a mim mesmo, mais que tudo. Amo seu rostinho miúdo, amo seu sorriso, seus olhos, seu cabelo, sua entrega. Amo você.

O garoto ronronou, relaxou, seu corpo finalmente cedeu,foi tocado lá no fundo como prêmio. Arqueou as costas, tomado pelo deleite.

As estocadas suaves tocavam lá sempre, ambos gemiam, o dragão segurava o corpo convulso contra o próprio peito, fazia aquilo devagar, tomado pelo prazer e pelo medo de machucar o garoto.

O coelho gritou o nome adorado e gozou, seu corpo convulsionou, tremeu, desfaleceu. Logo depois, Hatori teve seu prazer, derramou-se no buraquinho estreito.

Aninhou o primo em seu colo, acarinhando debilmente os cabelos claros:

-Eu amo você – repetiu.

-Eu também, Harry.

-Agora vamos pra cama, vamos.

-Ah, nããão. Quero dormir aqui, com você dentro de mim- disse o garoto, abraçando o peito do médico.

-Seu danadinho! Venha, senão vamos virar duas passas – descolando o lourinho do peito, saindo dele, ouviu um gemido dolorido de protesto. – Machuquei você?

-Não... Eu só queria ficar daquele jeito...

Hatori sorriu, vendo Momiji levantar-se e trazer-lhe a toalha felpuda:

-Pra você se secar - disse com doçura.

Aceitou o presente, vendo-o enrolar-se em outra. De surpresa, beijou-lhe o rosto e sussurrou:

-Amo você.

O coelho corou instantaneamente.

-Vamos pro meu quarto?

-Vamos!

Vestiram-se e se acomodaram na cama macia. O lourinho abraçado fortemente pelo amado.

-Harry...

-Uhn?

-Quando eu acordar, você vai estar aqui pra me dizer bom dia?

-Vou. E também pra abraçar você, beijar você e dizer de novo o quanto amo você.

Silêncio. O médico começou a cochilar, mas foi interrompido:

-Harry...

-Uhn?

-Vamos dormir, assim, juntos, mais vezes?

Hatori, sonolento, sorriu:

-É com isso que está preocupado?

Momiji sacudiu afirmativamente a cabeça.

-Se depender de mim, dormiremos juntos todos os dias – e o beijou.

O coelho adormeceu, satisfeito enfim.

E tudo que ele queria ouvir era "eu te amo"...


X-X-X-X

*Esse casal não é muito fofo?

*Eu ia fazer uma Kyo x Yuki, mas saiu essa. Ficou boa?

*Minha primeira fic do Fruits Basket. Nem eu acredito!

* É pro Momiji falar um pouco alemão, mas me deu preguiça... Façam de conta que ele fala, tá?

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Impressões sobre Os Espiões


Bom, povo do céu, eu li, em assustadores dois dias DOIS livros do Luís Fernando Veríssimo. Os Espiões é um deles, o que eu li primeiro. E o que eu gostei menos.

Calma.

O livro é absolutamente foda, mas é que o segundo é melhor.

Bom, no livro, um editor bebum - cachaceiro de final de semana, mas cachaceiro - recebe uma carta de uma moça chamada Ariadne que escreve contando a sua vida num livro, como uma vingança, para se suicidar depois.

E daí ele e uns amigos - o Dubin, um hilariante professor de cursinho pré-vestibular, que escolhia as mulheres por uma "poesia": ele dizia que era "uma hipotenusa em riste em busca de um triângulo acolhedor". As que entendiam eram descartadas. Ele não queria nada com intelectuais (eu entendi a piada, mas só depois de reler =D). Aí tinha o Professor, que eu não consigo me lembrar do nome, que era um poço de erudição inventada - pelo menos eles achavam que era inventada. E o Tavinho, um maníaco por futebol. E um escritor ludibriado pela editora em que o protagonista trabalhava.

Ele e os amigos, voltando, tentam decifrar o enigma pra chegar à moça e, no final descobrem que
não vou contar. Vocês vão ter que ler.

Como esperado do Veríssimo, o livro é engraçado e caricaturesco. Eu prefiro os romances dele às crônicas - exceto, é claro, das do Analista de Bagé e do Ed Mort. Mas, antes da leitura do segundo livro - de que falarei amanhã, óbvio - o melhor dele pra mim era o Jardim do Diabo.

Vale comentários?

Ps: essa foto é uma pintura de um pintor citado no livro, o De Chirico, da Ariadne grega, que salvou Teseu do labirinto do minotauro.

sábado, 6 de novembro de 2010

Eu não quero mais passar minhas noites sozinho


Hoje é aniversário da Grazi-chan, a minha Stela. Eu não vou fechar o Maré Alta ou cancelar show de alguma banda fuleira de Coloremos. Stelinha, a tua festa vai ser na casa de Escorpião, junto com todo o mundo!!! Este é o meu honesto e singelo presentinho de aniversário. Não ficou muito bom, mas foi feito com muito amor e carinho ^^ Pros demais: Contém yaoi lime RoyEd, Elricest. Fullmetal Alchemist não me pertence. Deixem review.

Eu não quero mais passar minhas noites sozinho.

Al fecha os olhos – como faria se pudesse fechar os olhos, se tivesse olhos. Finge que dorme, enquanto o seu irmãozinho dormita ao lado, mordendo os lençóis, enrolado neles.

Olha, então, para Edward Elric, seu niisan, sua vida. Ele tinha o sono pesado. Estava tendo pesadelos. Porque Ed estava sofrendo?

Al sabia. Al sabia porque ele não dorme e nem sonha com os anjos. Porque há um demônio incomodando a vida do maninho, do Edo-chan. Ele se vira de novo, o lençol há muito perdeu sua utilidade, não passa de uma cobra de pano atrapalhando o pequeno.

O culpado de tudo isso... o culpado de tudo isso é um monstro horrível que...

Ed morde o travesseiro. Geme baixo. Sua.

-Niisan – Al sussurra reconhecendo – admitindo – no seu coração de metal, seu frágil coraçãozinho de aço, o ódio. Odiava o monstro. Detém um carinho que ia fazer nos cabelos louros. Capaz de acordar Ed, que nem da outra vez. Ed acordou chorando muito e chamando pelo carrasco. Até tentou se conter, mas acabou caindo no colo do Al e contando tudo.

Amor. Amor ao carrasco. Por ele, iria até o fim do mundo. Iria, sempre. Entrega. Edo-chan confessou que se entregara ao mais cruel dos homens. Al pôde imaginar. Os lábios inocentes, a pele imaculada, tudo corrompido por um coronel sem coração. Ed sorriu ao contar que deixou-se roubar. Ele também me ama, o Fullmetal sussurrou. Senão não teria me amado daquele jeito.

Se aquele corpanzil permitisse, Al teria desmaiado de raiva.

Se sua idolatria consentisse, Alphonse Elric odiaria o irmão.

Mas não. A cena se desenrola em sua mente. O coronel torpe acaricia o pequeno alquimista. Este cede fácil, como se ansiasse por aquilo. Geme baixo, todo o corpo obediente tremendo. Eu sempre quis que o senhor fosse o primeiro, taisa-san. Roy Mustang sorri seu sorriso depravado. Eu te amo demais, Edward, mente. E o Fullmetal, na sua conspurcada inocência, acredita. A cópula é uma névoa. Al força a imaginação, mas o máximo que entrevê são dois corpos juntos molhados de suor e os gritos do niisan. Gritos de dor.

O maldito machuca... machucou... machucara o Edo-chan!

Alphonse sente ainda mais ódio. Ódio até de si mesmo, da sua carcaça metálica, da falha na ressurreição da mãe. Se não estivesse preso... Se não tivessem errado... Se fosse de carne e osso, o taisa desgraçado não encostaria no niisan. Se tivesse um corpo, se fosse bonito, Ed o amaria. Finalmente poderia dizer-lhe o quanto o ama. E ele não sofreria, porque o coronel torpe não chegaria perto dele. Al se interporia entre eles. Não como um fantasma de aço, mas como uma presença viva e pulsante. Com o corpo inocente e desejável do niisan em seu braços. Um mundo cor-de-rosa em que os beijos eram reais. Ed correspondia ao seu amor com sede e paixão. Amam-se desesperadamente e solitários, solitários e juntos chegam aos céus. O sorriso doce e brilhante do Edo-chan.

Mas um gemido longo tira o menino da armadura de seus devaneios:

-Coronel...

Era febre.

-x-x-x-


Bom, é isso. Vale reviews?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Impressões do Filho da Mãe


Eu tava me lembrando que um dia o Chibi-Chibi Felipinho (o mesmo pra quem eu escrevi Promissória) me perguntou porque que todo o mundo fala mal de Cuspúsculo. Aí eu falei pra ele (não que era uma porcaria diretamente, porque isso ele já teve ter ouvido umas 98656787433578 vezes) que era porque, como livro infantil, não era nem um pouco didático (no bom sentido, pensem em Monteiro Lobato) e, como livro adulto, não provocava a mínima reflexão. Depois eu disse que um livro que provocasse reflexão e que os críticos gostassem por causa disso ia ser difícil de ler e, por isso mesmo, chato.

E por que eu tou dizendo isso pra vocês?


Não, eu não li Cuspúsculo.

A verdade é que, nesse minuto, eu retiro tudo o que eu disse ao Chibi-chibi.

Já explico.

O meu professor de Teoria Literária (o gremista) tava puxando o saco de um tal Bernardo Carvalho, o autor de O filho da mãe. Aí eu resolvi ler o dito-cujo. Pensei que ia ser um saco. Um livro que é sucesso de críticas tem que ser uma merda. Afinal de contas, ele não gosta de Cristóvão Tezza. Fui ler.

O livro é, simplesmente, FODA!

Segundo o Joca (o professor), o livro é sobre mães que tentam impedir que os filhos vão pra guerra. Realmente. Mas rolam muito mais coisas.

Tem um monte de personagens no livro, mas os que mais me saltaram aos olhos foram:

primeiro, um rapaz chamado Ruslan. Ele vive sozinho com a avó, depois de der sido abandonado bebê pela mãe e de o pai dele ter morrido.

E depois, Andrei Guerra. Ele é filho de um brasileiro e uma russa e vai para o exército porque o padrasto, que é russo, odeia ele.

Tá. Eu só digo que os dois se encontram em Moscou e rola, nada mais nada menos que YAOI!!! Sim, tu não lesse errado. Rola yaoi no livro. E é descrito tão... Tão... tão...tão *.*

Bom, o livro é apaixonante. Delicioso. A linguagem é fácil. Em resumo: eu recomendo. Leiam.