domingo, 30 de janeiro de 2011

Zug



"Como pode? É raro ver uma fanfic assim. Fofa, num segundo você esta quase pulando para dentro da cena para confortar os seus males e em outro seu coração é jogado para baixo como uma peça vidro. Uma fanfic curtinha, ilusionista que você vai querer ler de novo para entender e sentir novamente o balanço do trem. Muito recomendada." by Chrissie

Por incrível que pareça, esse comentário foi feito de uma fic minha. Se não acreditam, olhem aqui. A apresentada a seguir:

RoyEd Shounen-ai. Uma viagem de amor.
PRESENTE DE ANIVERSÁRIO PRA LUANA AKA-CHAN!
Êêê!!! Hoje é aniversário da Luana Aka-chan! Parabéns! (Putz, isso foi tosco).
Seguinte, Luana: eu fiz essa humildezinha fict de presente pra ti pra essa data tão importante não passar batida. Espero que você não deteste. Mesmo.
É de Fullmetal, mas não me mates por isso! XD
Fullmetal não me pertence, mas um dia eu ainda roubo o Roy pra mim!


Zug

Eram nove horas e o trem já havia saído. O leve fuc-fuc dos vagões dava sono e ele dormiu. O sol penetrou-lhe nos olhos, mantendo-o desperto.

O tempo escorria devagar.

Um, dois segundos.

Um, dois minutos.

Tilitava-lhe nos ouvidos a passagem misteriosa do tempo.

Ao longe, o dedilhar de um violão: um-dois devagar.

-Café?

Ergueu os olhos preguiçosamente, um sorriso o aguardava, sereno.

O tempo fugiu aos poucos, não pôde responder.

A pergunta foi repetida lentamente, como se fosse incapaz de entender.

-Quero – falou baixinho, estendendo as mãos pequenas.

O copo foi-lhe entregue com cuidado.

-Está quente – recebeu o aviso pouco antes de levar o recipiente aos lábios. Muito quente. Afastou-o com brusquidão, mas o calor já tomava sua boca infantil.

-Você está bem?

O homem ajoelhou-se diante do menino, tocando-lhe os lábios com as pontas dos dedos largos.

-Você se queimou – constatou. – Está doendo muito?

-Não – falou baixinho, meio inseguro.

-Não é melhor passar algo para diminuir a dor?

-Não precisa – respondeu, antes de sentir a língua molhada do mais velho lamber-lhe a ferida devagar. Separou os lábios, sua boca foi tomada com cuidado, a queimadura doía um pouco, mas era bom.

Afastou-se da boquinha adorada, olhando o seu pequeno com amor.

Ed sorriu, aquilo parecia um sonho, abraçou o superior com força, recebendo carinhosa retribuição.

Foi sentado no banquinho macio pelo Mustang, que o fitava, entre preocupado e apaixonado:

-Está tudo bem?

-Posso roubar uma frase sua, Coronel?

O homem não entendeu nada, mas concordou:

-Pode.

- “Estamos juntos. Então, está tudo bem.”

Olhou pra ele com uma expressão indefinível. Ed baixou a cabecinha loira:

-É que... Quando você me disse isso eu... Eu fiquei feliz então... Achei que você também... Também ficaria... Eu me enganei?

Sorriu, compreendendo afinal os sentimentos do menino:

-De maneira nenhuma. Só não sabia se você tinha a mesma pretensão que eu.

-E tinha?

-Tinha – respondeu, beijando-o outra vez.

Ed sorriu satisfeito. A mão do mais velho acariciava a sua com vagar e carinho, curtindo cada minuto do agradável silêncio.

-Coronel - interrompeu, fitando a própria perna.

-Já pedi pra me chamar pelo nome, Edward.

-Mas não dá... Se eu te chamar de Roy eu vou acostumar e não vou conseguir chamar de “Coronel”. Deixa assim, deixa – pediu com uma carinha boa.

-Tá bom, Edward, tá bom. Mas o que você queria?

-Colo – replicou num sussurro.

-Colo? – estranhou Roy.

- É – Ed confirmou, sentindo o rosto quente. Foi acomodado sobre as pernas firmes do outro.

-Assim?

-Assim – concordou, recostando a cabeça no ombro forte.

-Quer dormir? Pode dormir...

O Fullmetal deixou-se levar pela sensação gostosa que se apossava dele aos poucos e apagou nos braços quentes do Roy.

O militar sorriu, tirando os cabelos dos olhos claros do menino. Ed precisava mesmo descansar.

O pequerrucho remexeu-se inquieto. Sol nos olhos.

-Vou fechar a cortina, meu anjo.

-Coronel... Não precisa.

-Você não quer dormir?

-Não. Sabe, eu me sinto um pouco culpado.

-Por quê?

-Eu não devia estar aqui, numa boa, no seu colo. Tem o Al naquela armadura. Tem guerra no Sul, no Norte, no Oeste. Tem homúnculos espalhados pelo país. Tem gente morrendo. Tem...

-Shhh... – interrompeu, pondo o dedo sobre a boquinha adorada e machucada. – Não pense mais nisso, sim?

-Não posso evitar.

-Eu trouxe você para que descansasse.

-Pensei que fosse para ficarmos juntos.

-Ahh... Isso também. Mas quero que descanse.

Ed sorriu, brincando com os dedos compridos sobre a perna magra.

-Você quer me fazer feliz, né?

-Por quê?

-Você sempre consegue o que quer.

Apertou-o contra si, o calor adorável dele passava para o corpo maior devagar.

Deixou Ed ressonar baixinho, embalado pelo leve sacolejar do trem e acalentado pelo monótono dedilhar de um violão nos seus estertores. Aquele dia dos namorados seria memorável para ambos, mesmo que acabasse ali, um dos dois acordando sozinho e assustado em sua cama e descobrindo que não passava de um sonho.

O taisa também dormia.

FIM

O final ficou horrível, eu sei. Perdoai-me, eu fui acometida por uma total falta de imaginação T.T.
Bom, gente é isso. Já é meio tarde, até o Miaudito tá dormindo. Não vos esqueçais dos reviews!!! XD
P.s.: Taisa é coronel em japonês
Zug é, segundo o Google, trem em alemão (é, eu fui procurar, Luana XD. Se não for, reclama com eles!)

Deixem reviews, sim? *.*

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Biquínis


Eu achei que precisava de um biquíni novo. Fui comprar. E levei o Fabio junto, claro.

No início, ele tava de boa, legal, até me ajudando a escolher, mas depois começou a ficar de saco cheio. Eu queria um bonitinho, que mostrasse o corpo mas não me deixasse de topless na primeira onda. Difícil.

E o Fabio, ou achava que eu era mais magra que eu realmente sou, ou quer me ver pelada na praia ou, o mais provável, não tinha a menor noção de tamanho.

Fabio - Questo?

Eli - Capaz, olha o tamanho disso!

Fabio - Piccolo?

ELi - Pequeno? É minúsculo!

E daí eu encontrei o Afrodite com aquela tal de Saori, que nem me olhou na cara. Ainda bem.

Dite - E aí, menina! Quanto tempo! (três beijinhos no rosto da Eli)

Eli - (três beijinhos também) Poisé. Vieram às compras?

Dite - É, né? Mas a Saorizinha não tá achando na-di-nha que ela goste.

Eli - Nem eu. Tá difícil.

Dite - AAAAAAAAAAAAI, AMIGA, NÃO OLHA AGORA!!! QUE BOFE!!!!!!

Todo o mundo olhou pra ele, inclusive o Fabio, que tava distraído. O "bofe" era um sujeito que tinha uma vez e meia a altura do Fabio (que não é baixinho. Se bem que, perto de mim, qualquer um é alto), e umas duas vezes a largura dos ombros do Hulk.

Eli - Tá, nem vi.

Dite - Agora, amiga, vem cá. É esse aí o seu bofe?

Eli (rindo) - Ah, é. Mas tira os olhos dele.

Dite - Nossa, eu preciso achar um bofão pra mim.

Eli - E o Aldebaran?

Dite - Ai, amiga, nem te conto...

Enquanto a amiga me contava suas desventuras amorosas, o Fabio foi dar uma espiadinha no dicionário pra ver o que significava "bofe".

Raciocínio dele (aproximado):

Bofe sm. 1. Pulmão 2. Vísceras dos animais 3. Pessoa feia, pouco atraente 4.Meretriz da ralé

1. O que significa meretriz? E ralé?

2. A Eli disse "tira os olhos dele". Pulmões e vísceras não têm olhos. Logo...

3. O Grandão era feio mesmo.


Essa até que foi fácil.

Dite - Ah, mas você tem sorte pra caramba, amiga. Ficar sozinha é uó!

Eli - Nem fala assim. Antes só que mal-acompanhada.

Dite - Teu bofe não tem um amigo pra me apresentar?

Eli - Tu não ia querer conhecer. Confia em mim, guria.

"Teu"?

Pera. Volta a fita. Elas tão falando de mim?

Dite - Mas eu queria tanto...

Eli - Tá cheio de bofe por aí.

Dite - Mas você teve que ir pra Itália achar o seu...

Eu não sou...

Peraí!

"Tira os olhos dele"

Meus olhos!


Eli - Então, eu já vou, Dite. Fabio, vamos?

Dite - Cadê ele?

Eli - Fabio? Ele fugiu?

Dite - Falei pra segurar firme u.u

Eli - Tá ali. Tá fazendo o que aí?

Fabio - Mi occhi!

Dite - ???

Eli - Do que tu tá falando?

Fabio - Mi occhi non!

Eli - Cisco? Me deixa ver.

Fabio - Non!

Eli - Bêbado essa hora? Mas tu nem bebesse!

Fabio - Io sei ché tu tá tramando!

Eli - Eu?

Fabio - Assei ché tu gostasse di me!

Dite - O que deu nele?

Eli - Fabio, o que os teus olhos têm a ver com eu gostar de ti ou não?

Fabio - Non adianta tentar mi enganar! Io ascoltai tutto! Bandita!

Eli - Dorgas oO

Dite - Ai que medo. Eu adoooogo bofe bravo!

Fabio - Io non sonno questo!

Aí o segurança botou nós três pra fora.

Segurança - Briga de casal é lá fora.

Dite - Nossa, que bofe esse segurança! Tem telefone, lindão?

Segurança (baixinho) Eu saio às seis, princesa. (mandando) Agora, circulando! (sai)

Dite - Ai, ai, que homem. ♥.♥

Enquanto isso, a Eli e o Fabio estavam discutindo, nem aí pro segurança:

Fabio - Per ché tu mandou ela tirá mi occhi?!

Eli - Mandei o quê?

Fabio - Tirá mi occhi! Ché io ti fiz, Eli? Ché?!

Eli - tá louco!? Eu nunca faria isso!

Fabio - Tu parlou "tira os occhi dele" pra ella!

Eli - Tira os... (começa a rir pacas)

Fabio - oO

Dite - Do que ela tá rindo?

Fabio - Non sei.

Eli (enxugando as lágrimas de rir) Meu amorzinho, meu pudinzinho de jiló, meu docinho de abóbora.

Dite - Eca! A moda agora é diet, amiga!

Eli - Tá, cala a boca. Fabio, quando eu disse "tira os olhos dele" pro Afrodite, eu quis dizer pra ele não olhar pra ti, meu fofo.

Fabio - ??

Dite - Ai, era por isso? Mas ela nem precisava ter dito nada, eu não roubo bofes de amigas minhas.

Fabio - Io non sonno bofe!

Eli - Deixa ele.

Fabio - ElE??

Dite (Voz grossa) Eu sou homem, não percebeu?

Fabio (MEDO)

Eli - É, meu amorzinho. Eu tava cuidando de ti, viu?

Fabio - Vomo pra casa, si?

E eu acabei sem o meu biquíni.

-s-s-s-s-s

E uns dias depois o Fabio me trouxe o biquíni de presente, um vermelhinho com umas bolinhas brancas, bem bonitinho. E o mais gozado é que serviu!

Fabio - As moça da loja sonno tutte daltônica.

Eli - Quê?!

Fabio - Io pedia uno rosso e elas mi traziam viola!

[tradução: ele pedia um rosso e elas traziam um roxo. Mas "rosso" é vermelho, em italiano]

Eli - Ah ¬¬"

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Persona mea


Bom, esses dias eu tava por aí e achei esse questionário pra responder pra vocês conhecerem minha personalidade. Então, lá vai:

Nome: Elizia Kiyamada
Apelido: Eli
Aniversário: 05/04. Signo Áries com ascendente em Gêmeos. Signo Chinês Cabra. Era isso até me contarem que agora tem uma 13ª constelação.

melhores amigos: Hm. Iruka, o povo do Simata!

melhores amigas: Andy Niichan Gremista, Stela (Graziele) Kiyamada.

O que espero: depende do lugar. No dentista, espero que me atendam logo.

revoltada com o mundo: acho que não.

bandas: Rhapsody of Fire, Engenheiros do Hawaii, Angra e Dream Theater, só pra não perder o costume ^^

cantor: Se eu botar Humberto Gessinger o Fabio Lione vai ficar bravo comigo?

cantoras: Cássia Eller. Acho que não tem outra.

baixista ou guitarrista?:o que isso diz sobre minha personalidade? Ah, tenho que responder? Eu fico com o vocal. Né, Fabio?

Fabio - ¬¬"

integrantes de banda: Rafael Bittencourt, Felipe Andreoli (Angra), James La Brie (Dream Theater), Daron Malakian (System of a Down) e, claro, Fabio Lione (Rhapsody of Fire)

frio ou quente?: Tão falando do tempo? Gosto de meia-estação.

jacob ou edward?: Aragorn

noite ou dia?: Durante as aulas, noite. Nas férias, dia.

chuva ou sol?: Nublado.

amor ou odio?: SEXO!

Fabio - Continua com as piadina, pra vê.

crepusculo ou harry potter?: Senhor dos Anéis.

preto ou branco?: Que pergunta mais racista! Eu gosto é de Vermelho.

uma serie: bah. Sei lá. Simpsons.

filmes: Senhor dos Anéis, Shrek, Era do Gelo, Quem vai pagar o pato?, Um maluco no Espaço, Madagascar, Irmão Urso.

um cara: Napoleão Bonaparte

atores: Selton Melo, Tony Ramos, Lima Duarte.

livros: Ensaio da Paixão (Cristóvão Tezza), O Filho da Mãe (Bernardo Carvalho), Borges e os Orangotangos Eternos (Luís Fernando Veríssimo)

um vdg: Demorei pra entender a pergunta. A resposta é: sou contra a pedofilia.

músicas: Il Canto del Vento (Rhapsody of Fire), Eu que não amo você, Pra ser sincero, Refrão de Boleros e Piano-Bar (Engenheiros do Hawaii), Stand Away (Angra), I walk beside you (Dream Theater) e etc. Tou com preguiça de transcrever a discografia das bandas.

música de quando estou revoltada: Eu não costumo ouvir música quando estou revoltada. Mas, só pra não deixar em branco: Herdeiro do Pampa Pobre, Engenheiros.

Discos: puta merda. Sei lá. Fabio, me ajuda.

Fabio - Triumph or Agony.

Tá, pode ser esse.

uma musica que eu lembro do meu pai(pq ele gosta): Dream on, Nazareth

uma musica que eu lembro da minha mãe(pq ela gosta): Meu primeiro amor, José Augusto.

uma frase: "Até quando enfim, Catilina, abusarás de nossa paciência? " Cícero.

uma carinha: Pronto, aqui eu ponho o Fabio.

Fabio ¬¬"

adoro: Yaoi, fics e música.

amo:amigos e família

uma musica para um menino cantar para uma menina: que saco. Encheu.

Fabio (cara de pidão)

tá, põe Il Canto del Vento de novo. Senão eu fico sem sexo.

uma sigla: PQP

uma materia: Latim

um hobby: Escrever fics

uma paixão: o Fabio ♥

estilos de musica: Power Metal Gay! digo, só Power Metal. Simphonic Metal, rock, mpb.

Acabou. Glória. Achei que ia ser divertido =/

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Meu Niisan





Fullmetal pertence à tia Arakawa... Infelizmente. Se fosse meu, o pobrezinho do Ed ia "sofrer"...Ah, se ia...
Essa fic é mais um delírio que uma fic propriamente, então não me esganem.

Como eu não vi o anime, ela é baseada no mangá, na parte que Ed vai para o hospital, após tomar uma surra no 5º laboratório. Pra quem leu, é cronologicamente depois de “Foolmetal Alchemist”

Contém yaoi lemon PWP, Elricest.. Ou seja, se você é menor, sofre do coração ou é pudico mesmo, não leia


Meu Niisan

Eu quase morri quando aquele menino estranho me trouxe meu nii-san. Ed estava todo machucado e desacordado.

Nós o levamos para o hospital de um conhecido da tenente Ross, e lá ele ficou de cama por uns dias.

-Nii-san – falei-lhe, não suportando vê-lo com aquela expressão entediada de quem esperava.

-O que foi? – Ele me olhou com aqueles olhos cor de mel, profundos, cheios de vida, apesar do tédio que demonstravam. Olhos de fogo, como disse o Coronel Mustang. O Mustang mesmo, dos olhos de lince, predadores, que ficam secando meu nii-san toda vez que o vêem. Filho da mãe.

-Está tudo bem mesmo?

-Estou – replicou-me. –Não vejo a hora de sair daqui.

-Você tem que se recuperar direitinho, nii-san. Não pode ficar aprontando por aí feito um doido.

Nós dois havíamos acabado de lutar no terraço, e por isso ele piorara um pouco. Teimoso.

-Eu estou bem. Esse lugar é pra doentes. E não estou doente.

-Ah, não? E por que quase desmaiou lá em cima?

Ele fez biquinho. Meu nii-san fica tão lindo fazendo biquinho.

-Eu fiquei meio tonto porque me levantei muito de repente – explicou.

Não respondi, fiquei olhando para o rosto lindo dele, ele odiava ser chamado de pequeno, mas era isso que eu mais acho perfeito nele, parece uma criança, tão lindo e inocente. Meu nii-san...

-... E quero recuperar o seu corpo logo, Al – ele finalizou, pensativo.

- E para isso você precisa estar bem de saúde – repliquei.

Ele virou pro lado:

-Vou puxar um ronco... Me acorde quando eu puder sair daqui...

Fiquei ali, velando o sono dele, até que o sargento Brosh veio me chamar. O coronel-olhos-de-lince-safado queria saber do meu irmão. Eu não disse nada, primeiro porque ele é superior do Ed, não meu. Depois, meu nii-san é só meu.

Quando voltei ao hospital, Ed estava suado, agitado e vermelho e gemia alguma coisa que eu não consegui entender: estava ardendo em febre! Entrei em pânico: o que fazer?

Num canto do quarto havia uma porta. Eu não sabia o que era, nem nunca quisera saber. Mas, na hora, me deu uma curiosidade desgraçada. Eu precisava descobrir o que tinha atrás daquela entrada!

“Pára, Al! – falei pra mim mesmo. – O Ed tá morrendo e você fica querendo abrir essa porta?”

A curiosidade matou o gato, dizem. No caso, ia matar meu nii-san.

Mas eu acabei me rendendo. Abri a tal porta: era um banheiro. Sob o chuveiro havia uma bacia grande o bastante pra caber meu irmão - não que isso seja uma façanha – (Ed entrão: quem você chamou de miniprojeto de parasita de inseto?!). Enchi-a de água fria e mergulhei Ed lá dentro. Ele estremeceu, provavelmente pelo choque térmico.

Ele tem um corpo tão claro e perfeito, e dormindo daquele jeito até parece um anjo. Meu nii-san. Meu Ed.

Saí pra pegar o termômetro. Mas não estava em lugar nenhum, onde os enfermeiros podiam tê-lo enfiando? (N/A: no Ed, que tal? :P).

Nem cheguei a encontrar, porque ouvi o nii-san gemendo, gritando e falando coisas desconexas: estava delirando!

Corri para vê-lo. Ele estava acordado, ou parecia. Tinha o rosto corado, a respiração arfante e interrompida, os olhos enevoados e entrefechados... De desejo.

Tocava-se e gemia desesperado, chamando por mim em meio a gritos e exclamações febris.

Exultei de felicidade. Se esta armadura me permitisse, ter-lhe-ia beijado a boca rubra e perfeita.

-Al... AL! Aaaaah! – Gritava e mordia o lábio inferior sensualmente, enquanto suas duas mãos passeavam por sua intimidade, insinuando-se nas pregas, mas voltando para o sexo, fazendo-o vibrar em delírio.

Ajoelhei-me ao lado dele: queria poder beijá-lo, tomar o corpo que se oferecia para mim, transformar o êxtase solitário do meu irmão em prazer a dois, mas era impossível. Limitei-me a ajudá-lo com minhas desajeitadas mãos metálicas, deslizá-las pelo corpo miúdo, arrancando suspiros e gemidos.

Estremeci. O que seria aquilo que se apossava de mim?

-Aaaaal!

Olhando a face perturbada do Ed, eu finalmente compreendi: era deleite o que eu sentia. Eu não poderia experimentar o toque da pele dele, nem o sabor da sua boca, nem o corpo entregue, mas podia ver-lhe e ouvir-lhe o êxtase, o que me dava prazer.

-A... Al... – ele sussurrou e abriu os olhos desejosos e febris.

-Ed...

-Faça-me seu, Al...

-Mas... – Eu tive vontade de chorar.

-Agora! – disse, abrindo mais as pernas, oferecendo-se todo.

Meu corpo nada sentiu, mas eu queria me enfiar nele, fazê-lo gritar, gemer junto, unir-nos completamente.

Um dedo meu entrou no corpo dele,que reagiu com um gemido mais alto. Comecei a mover o dígito devagar, meu nii-san é tão apertadinho por dentro, era difícil sair e entrar, mas ele gritava mais forte, movia-se e se empurrava contra minha mão.

-Ah.... Ah...aAh... AaaL... MaaAis...

Mais? Mais rápido? Mais um dedo? – será que cabia? – Mais fundo?

Coloquei mais um dedo, Ed jogou a cabeça para trás, ronronando alto de prazer e um pouco de dor. Quase parei quando vi que lhe doía, mas ele me pediu, em exclamações febris, que fosse mais rápido e mais forte. Obedeci, vendo-o perder-se em minhas mãos, querer mais. Quando lhe toquei o mais fundo que pude, percebi que ele experimentava mais prazer. Passei a pressionar lá sempre, bolinando-o no mesmo ritmo.

Ed agora tremia sem controle, gritando mais e mais até finalmente ter o prazer final na minha mão.

-Al... Eu te amo – ele sussurrou antes de adormecer sorrindo.

Tirei-o da água ( se ele ficasse lá capaz de pegar um resfriado), sequei-o e o pus de novo na cama. Finalmente achei o termômetro. 38º C. Um pouco febril ainda, mas estava bem. Ele sorria. Nii-san... Eu nunca pude te dizer, mas...

Eu te amo.



-x-x-x-



Bastidores ^^


Elizia – Bom, pra finalizar, mandem reviews e...

Al (levanta a mão) – Posso fazer uma pergunta, Eli?

Ed (bravo) – Eli?! Que intimidade é essa, Al?

Al – mas é o apelido dela!

Ed – Eu não quero que você tenha intimidades com garotas! Você é meu!

Al – Irmãozinho ciumento esse meu...

Eli – Ta, mas que pergunta era, hein?

Al – Ah! Como os médicos não apareceram, com toda a gritaria que o Ed fez?

Ed – Gritaria? Eu não faço gritaria! Isso é coisa de garotas!

Al – Ah, é? Então o que é isso?

“(...) ouvi o Ed gemendo, gritando (...)

(...) chamando por mim em meio a gritos (...)

-Al... AL! Aaaaah! – Gritava (...)

(...) ele gritava mais forte (...)

(...) ronronando alto de prazer (...)

(...) gritando por mais e mais (...)”

Ed (emburrado) – ela bem que podia ter procurado uns sinônimos no dicionário.

Eli – Ah, é isso? Chama-se licença poética.

#não convenceu ¬¬#

Eli – errrr... Então... Façam de conta!

# a emenda ta pior que o soneto ¬¬’ #

Eli – ta bem! Vocês venceram!

“Quando voltei ao hospital, Ed estava suado e agitado e vermelho e gemia alguma coisa que não consegui entender: estava ardendo em febre!

Os enfermeiros estavam cuidando dele e eu fiquei velando por ele até a febre ceder.”

Eli – Pronto ^^

# Mas ficou sem yaoi ¬¬” #

Eli – fique fora disso, segunda feira!

Ed – Sem yaoi, nada feito!

Eli – Sem lemon, você quis dizer.

Ed (atrapalhado) – Ahn... ah... é... quero dizer... é que....

Al – Assume, Ed, você é um pervertido.

Ed – mas então você não queria lemon?

Al – (vermelho)

Ed – Fala alguma coisa!!!

Al – (mais vermelho)

Ed – Viu só?!

Al (vermelhaço)

Eli – (saindo de fininho)

# Ela ta caindo fora :P #

Ed – Ei, Kiyamada, volta aqui, você vai arrumar a fic e botar um lemon decente!

Eli – Ah, que saco!

Al – Obrigado por avisar, segunda-feira ^^

# de nada XD #

Eli – Traíra >=(

Al – faz aí.

“A Winry tava dormindo na casa do Hughes e .... “

Ed – Mas o que a Winry ta fazendo na fic?!

Eli – Vai me deixar fazer ou não?!

# sem hentai, por favor #



Eli – todo mundo quieto, sENÃO EU FAÇO AL X ENVY, HOHENHEIN X ED E SCAR X segunda-feira!!! DARK LEMON, AINDA!

Elric’s – Ta! Calamos!

# :x #

“De repente a Winry acordou assustada: tivera um pesadelo no qual o Ed chorava e gritava de medo.

Apavorada, ela correu até o quarto do casal Hughes e eles estavam...

#sem hentai u.u #

Eli – Anota aí, Kabof: a próxima fic vai ser dark lemon Scar x segunda-feira.

# NÃÃÃÃÃO ToT #

Scar – Você fala como se isso fosse um castigo!

Ed – Quando você chegou aqui?

Scar – Agora há pouco n.n

Eli – CHEGA!

#(silêncio)#

Kabof –

“... eles estavam dormindo numa boa, a menina acordou o tenente-coronel e lhe contou o sonho, pedindo por favor para ver o Ed.

Hughes, bonzinho (e burro) como era, concordou. Levou-a até o hospital. Lá, todos os médicos tinham sido abduzidos por jupterianos de Júpiter e...”

Scar – É pleonasmo.

Eli – O quê?!

Scar - Jupterianos de Júpiter.

Eli – Então foram abduzidos por pleonasmo e...

Todo mundo - ¬¬ º

“... dava pra ouvir o Ed gritar, eles subiram e, no banheiro do quarto, os Elric estava fazendo ‘aquilo’.

-Al! O que significa isso?!

-É... Bem... É que...

-Aaaaaal! – gritou o mais velho.

-Eu nunca mais falo com vocês dois! – gritou a menina e saiu sem olhar para trás.

-Dessa vez vocês exageraram – Hughes comentou antes de segui-la.

E daí o Al voltou ao que fazia antes. “

Eli – E fim.

Todo mundo ta de boca aberta.

Eli – e aí?

Ed – Al, você devia ter ficado quieto.

AL – mas como eu ia saber?

Scar – eu não acredito que fiquei ouvindo isso.

# (Já é meia-noite e a terça-feira vem aí)#

Eli – Ei, pessoal! Peraí! Digam alguma coisa!Não me deixem sozinha!

Ah, você ta aí, Kabof! Você não ia me abandonar, não é? O que achou da fic?

Kabof –

Eli – Ah, não! Kabof é mudo!

É isso que acontece com uma autora quando você não deixa reviews. Obrigada por comentar!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Um ano!!!!




Eli - Fabio.

Fabio - hn?

Eli - O que tu acha?

Fabio - Asso ché?

ELi - Dã. Vai fazer um ano que tu chegou aqui, sabia?

Fabio - Ah, questo. Assei ché tu non tivesse buona memória.

Eli - E não tenho.

Fabio - E como tu lembra?

Eli - Olhei no arquivo do blog, dã.

Fabio - E como tu lembrou di olhar no arquivo di blog?

Eli - Sei lá, merda! Isso é o quê, interrogatório? Eu lá fiz alguma coisa de errada?

Fabio - Non, non. È ché questo è ton cuci-cuci ♥

Eli - Cutchi-cutchi. Eu te dou o cutchi-cutchi.

Fabio - Mai é. Significa ché tu mi ama ♥

Eli - Ah, é? E o que eu devo pensar de ti, que não se lembrasse?

Fabio - E quem disse ché io non mi lembrei?

Eli - E isso é "cuci-cuci" também?

Fabio - Tu mesma parlou ché io non sonno cuci-cuci (sério)

Eli - Já se olhasse no espelho, por acaso?

Fabio - Si, per ché?

Eli - Tu se acha cute-cute?

Fabio - Non.

Eli - Então, homem do céu!!! Tá, então, se tu se lembrou desta data "absolutamente importante", em que que tu pensasse pra comemorar?

Fabio - Comemorar?

Eli - É.

Fabio - Ché significa questo?

Eli - Putz. Fazer festa. Uhull! Figueira! Por aí.

Fabio - E perché voi pone comer en tutto?

Eli - Hain?!

Fabio - COME - morar, ué

Eli - Afe. Bom, deixa quieto. Não vou discutir etimologia contigo. Mas vamos comemorar como?

Fabio - Io sei lá. Faz una fic.

Eli - Una fic. Tu acha que é fácil fazer "una fic"?

Fabio - E non è?

Eli - Então faz uma música, senhor fodão.

Fabio - Fic è piu facile!

Eli - Escreve uma tu, então, engraçadinho.

Fabio - Enton tu faz una música!

Eli - Fechado! Faço! Faço até duas!

Fabio - Non, una tá buono.

Bom, e foi assim que foi lançado o desafio. Os resultados são postados abaixo.

Resultado 1 - Fic por Fabio Lione

Era pra io escrever una fic. Tá tutto erado. Io escrevi en italiano. Non sapia ché era pra escrever en português. Pedi pro Zirayia traduzir. Mai, quando vi ele alterando o finale, resolvi io mesmo traduzir. E corizir, zá ché io ia perder lo desafio si a Eli fizesse questo, non assano? Deu lavoro, acreditem. Molto.

Aos aviso: la Eli mi pertence. E ai di quem tocar nella. Questo non contém yaoi, i nem nada do tipo. Asso ché tem violência.

Peço perdon à Eli. Non consegui escrever en tertia persona.


Quem sou eu? Isso importa? Eu sou o último cavaleiro. Não, eu não sou cavaleiro. Nem peão. Nem isso. Sou um bardo. Um bardo pobre e covarde, que nem sair do reino consegue. Mas o rei está diante de mim. Ele se impõe. Só a presença.

Ele parece cansado. Pudera. Estamos em guerra. Me olha sério.

Trouxe-me sua filha. Confiou-a a mim. Um pobre bardo.

-Mas, senhor...

-Meu filho. Sabe que, para mim, o mais habilidoso dos generais e o mais simples dos camponeses têm igual importância.

-Mas não manda camponeses à guerra, com todo o respeito, Majestade.

-Quero deixar uma coisa clara: não é por tuas habilidades que eu te escolhi. É pelo teu caráter.

-Meu... caráter?

-Pelo que conheço de ti, teu pai te deu o que todo homem precisa: caráter. Quero que a minha menina seja protegida por alguém de caráter.

A honra dela. A guerra era por causa da honra dela.

O príncipe Rodolfo, do reino vizinho, famoso por seus bacanais e sua conduta nada reta, pediu a mão da princesa ao rei.

O não foi o estopim da guerra.

Príncipe estúpido.

Mas há outros boatos.

-Mas, Majestade...

-Aceita, filho. É a tua oportunidade pra viajar.

Poderia eu recusar ao ver a bela princesa arrastar seu manto vermelho diante de mim?

-Sir Fabio? - Ela me disse muito baixo, como um anjo. Um anjo frio.

-Eu aceito, Majestade!

Mas agora, o corpo quente e macio da princesa agarrado às minhas costas, eu começo a me arrepender. Não por ela. Mas por mim. A minha responsabilidade. Eu não sou capaz.

-Alteza - digo, ao parar o cavalo.

-Sim, Sir?

-Não sou Cavaleiro. Não me chame assim, por favor. Meu pai era jardineiro. Pare.

-Não importa. Meu pai confiou no senhor. Tenho certeza que o senhor seria capaz de me ajudar - ela disse, segurando com força no meu pulso.

-Não sou - falei sem convicção.

A princesa tinha olhos grandes e penetrantes. Vai me entregar assim?, sussurrou quase, triste.

-Não.

E nem conseguiria, como soltar aquela mãozinha suave? Como separar-me do calor doce?

Eu já sabia aonde ir.


-s-s-s-s-s-s-

Meu irmão de criação ficou surpreso com a beleza incomum da minha "esposa". Deliberei que não seria bom contar que se tratava de uma princesa a ele e à mulher.

E nos recebeu.

Vivemos em paz durante algum tempo. E eu me apaixonei. Juro. Mas eu não podia sentir isso. Não podia. Precisava preservar a honra da princesa. Ela dormia ao meu lado, como uma borboleta se debruça sobre uma flor, sem saber que um predador a espreita.

E eu a amei. Cada movimento mínimo dela, mergulhada nos sonhos, era uma tortura para mim, como se me tocasse com luxúria. Nos meus delírios, eu podia beijar aqueles lábios vermelhos. Tremia para me controlar. Meu corpo pulsava como em febre. No meio da minha solidão imensa, eu era o herói. Eu não fugia, mas matava aquele maldito príncipe do mal, o tal Rodolfo. E a minha recompensa era a mão imaculada da princesa. Mas...Eu, um pobre bardo... Como vencer o poder dum guerreiro, mesmo um guerreiro pervertido?

Um belo dia, eu a deixei dormindo. Era muito cedo pra acordá-la. Era muito cedo para o meu irmão, lenhador, acordar. Era muito cedo para os galos cantarem. Quando voltei, ouvi vozes.Uma era da princesa.

-Finalmente eu te achei, alteza.

A outra eu não conhecia.

-Vai embora, Rodolfo.

O príncipe maldito!

-Só isso? Eu sou um príncipe. E àquele bardo chamas Sir. Estou mentindo?

-Não é da tua conta! - ela erguia a voz.

-Mas vai ser, assim que nos casarmos.

-Eu nunca vou me casar contigo! Está me ouvindo? Nunca!

-Não fale assim, alteza.

-Falo como eu quiser!

De onde eu estava, dava pra ver o Rodolfo de costas e ela inteira.

-É melhor pra todo o mundo se nos casarmos.

Ela nem o olhou.

-Você não tem irmãos, tem? Acha que seu pai vai durar para sempre?

-Cala a boca, Rodolfo.

-Com quem pretende se casar? Com o bardo?

- Isso não é problema teu.

-Olhe para mim, Elizia - ele a erguia pelo queixo. - Sabe o que vai acontecer se vocês perderem a guerra, não sabe?

-Sei. Mas não vamos perder.

-Confiante, hein? Mas, mesmo que vencer, acha que serei seu aliado? Vossa Alteza precisa de aliados, sabia?

-Saia.

-Um momento.

Ele parara de repente. Olhava para os lados, como se farejasse. Cachorro, não evitei pensar.



E foi a única coisa que pensei, durante longos segundos. Quando percebi, havia uma espada roçando no meu pescoço. E a princesa assustada diante de mim.

-O bardo não desgruda mesmo os olhos de Vossa Alteza, não é?

-Solta ele! - ela gritou. Tremia.

-Então... O seu povo não lhe importa, mas a vida suja deste bardo sim.

-Solta ele, por tudo que é sagrado!

-Está apaixonada por ele? - Rodolfo falava cinicamente, como se a princesa desesperada, com a mão no coração, diante dele, não tivesse a menor importância.

Elizia não conseguiu responder, os olhos tristes fixos em mim, fixos no príncipe nefando, fixos em lugar nenhum.

E eu? Eu me sentia impotente. O último dos homens, incapaz de me defender, de proteger a honra da mulher por que me apaixonei. Me debati. Ao menos não perdera a coragem.

-Quieto ou passo a faca!

-Rodolfo!

Nós dois olhamos pra ela. Havia outra faca. Estava no pescoço dela.

-Se encostar nele, EU me mato.

Senti-o hesitar.

-Não seria capaz... - ele amansara a voz.

-Vai pagar pra ver?

Ele não ia. Mas não me soltou. Ficou olhando a moça corajosa, na espera de que aquilo fosse um blefe.

-Solta ele, senão meu sangue vai jorrar. Não tenho medo de morrer.

-Case-se comigo. Vai poupar a vida de seu povo e deste bardo.

-Não quero ouvir suas propostas.

-Mas essa vai. Se Vossa Alteza se suicidar, matarei este bardo e continuarei na guerra, até matar seu pai e tomar o reino dele.

-E?

-Se nos casarmos, o bardo vive e eu serei seu rei sem guerra. É melhor pra todo o mundo.

Uma sombra de dor escureceu os olhos já quase negros da moça:

-Menos pra mim.

-Uma rainha tem que saber fazer certos sacrifícios pelo seu povo.

-Não o ouça, Alteza! - gritei.

-Cala a boca ou te sangro aqui já! - ordenou-me o príncipe maldito.

-Quer que eu morra, Rodolfo? - ela olhava para o chão.

Não, não, isso nunca.

-Princesa...

-Eu aceito sua proposta, Rodolfo. Solte Sir Fabio.

-Largue o punhal.

-Largarei.

E o fez. Jogou a arma no chão. Ele fez o mesmo comigo.

-Boa garota.

-Agora somos noivos, certo? Quero voltar para o castelo.

-Um momento. Quem me garante que não vai armar algo para cima de mim, para não nos casarmos?

-Vai ter que acreditar na minha palavra.

-Eu não acredito. Quero uma garantia.

-Que tipo de garantia?

-Seu corpo. Quero possuí-la, alteza. Assim, não poderá me trair.

Ela se apavorou:

-Está louco, Rodolfo?!

Eu não conseguia me mexer.

-Quer que eu mate este homem?

-Não, não. Isso não.

-Então...

-Vai em frente, Rodolfo. Faça o que quiser.

Ele se aproximou dela com fome:

-Sabia que, um dia, a teria em minhas mãos.

-Como eu posso ter certeza que não vai matar Sir Fabio depois que me tiver?

Rodolfo demorou a responder, interessado em decidir qual pedaço do belo corpo tocaria primeiro.

-Vai ter que confiar na minha palavra.

-Eu não confio. Quero uma garantia.

-Que espécie de garantia? - ele rasgava o busto do vestido vermelho devagar, com a espada.

-Não sei. Deixe-me pensar.

Eu já me erguera. Só havia uma chance. Atacar pelas costas era vergonhoso, não era? Heróis não fazem isso.













Mas eu não era um herói.

Um único golpe. Acho que o maldito sangue azul corria por uma das veias que eu acertei. E ele caiu, morto.

O quarto estava inteiro manchado de sangue. Sangue tão vermelho quanto o meu.

-Sir Fabio...

O corte no vestido mal deixava entrever o ombro dela.

-Obrigada.

-Eu agi como um covarde - reconheci.

Ela sorriu:

-Qualquer homem, na sua situação, faria o mesmo.

E me beijou.

-s-s-ss-s--s--

O Rodolfo ficou igualzinho.

Eli - PUTAQUEPARIU!

Fabio - Ché foi?

Eli - Perdi a aposta. Eu adogay a fic.

Fabio - E a música?

Resultado 2 - Poesia por Elizia Kiyamada

Bom, eu até escrevi a poesia. Mas ficou tão podre que eu pensei em vender pra alguma banda colorida e usar o dinheiro pra comprar um presente pro Fabio. Mas depois eu pensei que ia morrer de vergonha de ver uma coisa minha cantada - na falta de uma palavra melhor - por um hermafrodita de voz esganiçada. E rasguei e queimei o papel.
Eli - Foi isso.

Fabio - TT_TT

Eli - Te trouxe um presente. Ó.

Fabio - Obrigado.

Era uma camiseta.

Eli - Espero que sirva.

E eu perdi um duelo de fics.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

24 seguidores

Pessoal!!! E aí, como tão?

Eu só fiz esse post pra comemorar uma marca histórica: o Confissões chegou aos 24 seguidores, um número altamente significativo prum blog yaoi!



Muito obrigada, pessoal! Essa marca só foi possível graças a vocês!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Fireworks


E aí, gente? No meu primeiro post do ano, eu e a Andy Niichan Gremista, as duas mentes mais pervertidas deste "asteróide pequeno que todos chamam de Terra", como diria o Zé Ramalho, compusemos uma songfic com uma música que veio bem a calhar, ainda mais nessa virada de ano.

A música é Fireworks, do álbum homônimo de 1998 da banda Angra.

Falando da fic: as duas vítimas, digo, personagens, são Kiko Loureiro e André Matos, respectivamente guitarrista e vocalista do Angra na época que foi lançado esse álbum. Contém yaoi. Sem lemon. (por enquanto) Isso não aconteceu, foi só um delírio de duas mentes insanas (pelo menos em teoria).

Nenhum dos dois, nem eles nem a música, nos pertence. Fazemos isso como duas fãs. E ponto.

Tirem as crianças e os velhinhos da sala. Desaconselhado para diabéticos. Não contém glúten.

Fireworks
Fogos de Artifício

It's New Year's Day;
Looking up to the sky
We all await for the fireworks to fly

É Ano Novo;
Olhando para o céu
Nós todos esperamos os fogos de artifício voarem


-Já vai começar - disse André, carregando o champanhe. - Vem logo, Kiko.

Os dois estavam em um flat de frente pro mar, que Kiko tinha alugado especialmente para a virada do ano.

- Vamos ficar ali na varanda - sugeriu o guitarrista, segurando uma bandeja com uvas.

-Kiko, por que a gente tá sozinho aqui mesmo? Achei que iríamos com os outros beber na casa do Rafael...

Loureiro sorriu maldosamente. Tão inocente, coitadinho...

-A gente já enche a cara o ano todo. Pensei em fazer alguma coisa diferente.

-Hum - resmungou, concordando. Olhou pro mar. O show começara.

Green comes after white
Night turns to day into the fire
Look at our dreams flying away
Climbing up higher


O verde vem depois do branco
A noite se transforma em dia no fogo
Veja os nossos sonhos voando
Subindo muito alto

Estava realmente lindo. A explosão de cores no céu agitava a cidade toda. O fogo colorido, as rajadas luminosas cortaram o céu, dançando alegremente e anunciando o Novo Ano.

André admirava boquiaberto o espetáculo; o lugar escolhido tinha uma ótima vista.


Over the bay darkness breaks to a glow
But still the sands keep
on running too slow
And I love you
And I care for you now...


Sobre a baía a escuridão se quebra num brilho
Mas ainda assim a areia continua
Se movendo muito devagar
E eu te amo
E eu me importo com você agora...

Kiko, ao contrário, não conseguiu nem prestar a atenção nos fogos. O André, embasbacado, os olhos inocentes brilhando com o espetáculo, era muito mais bonito. Apertou a mão e descobriu os dedos do amigo no meio dela.

O vocalista sentiu o carinho, olhou um pouco surpreso para o outro. Abriu um pouco a boca para falar algo, mas não conseguiu dizer nada.

Agora. Loureiro, com o coração aos saltos, fitando aquele rosto lindo, dedidiu que aquele era o momento pra que fizera todo aquele circo. Disse:

-André...

- Que foi?... - perguntou com a voz meio falha.

-Eu... Eu... Vamos abrir a champanha?

André concordou com a cabeça.

Kiko, ao ver aquela carinha fazer "sim" teve vontade de bater com a cabeça na parede até abrir um buraco. Seria tão difícil assim fazer o que pretendia. Tomou a garrafa na mão.

Along the shore timeless faces reflect
The innocence of childhood never left
And I miss you
And I cry for you now

Ao longo da praia rostos sem idade refletem
A inocência da infância jamais abandonada
E eu sinto a sua falta
E eu choro por você agora...

Teve que rir da cara que o Matos fez quando a rolha voou. Nunca imaginara que ele iria se surpreender com isso.

André fez uma careta quando o amigo começou a rir dele e puxou a garrafa da mão do outro. Virou-a contra a própria boca e depois de beber deixou escorrer um pouco pelo canto. Mas só o suficiente para deixar Loureiro pensar que gosto, afinal, tinha aquele champanhe.

Resolveu experimentar. Curvou-se de encontro a ele e provou a bebida que ele deixara escapar.

Matos assustou-se com o ato repentino do amigo, mas sentiu algo gozado quando ele chegou perto. Era... estranhamente bom.

O guitarrista não resistiu à proximidade daquela boca macia, do corpinho quente. Beijou-o com paixão e carinho e o abraçou com força.

And I hold you
And I stand by you now...

E eu te abraço
E eu fico perto de você agora...

As batidas do coração dele abafavam quaisquer outros ruídos. Ele fechou os olhos, soltou um gemidinho baixo de satisfação e enroscou os braços no pescoço do companheiro de banda.

Loureiro surpreeendeu-se com a entrega do outro rapaz mas continuou beijando-o até perder o fôlego e ter de soltá-lo , quase sem coragem para fitar os estreitos olhos brilhantes.

-Por que... Fizemos isso? - Perguntou Matos, mas já sabia o que queria ouvir.

O guitarra virou o champanhe, bebendo uma golada longa. Dizer o quê?

André o ficou encarando, esperando a resposta. Esquecera os fogos.

-Tu não gostou? - Finalmente Loureiro conseguiu falar algo.

O vocal fez cara feia. Só... Essas palavras?

-Não - e virou o rosto para os fogos de novo. Mentira descaradamente.

And the ones who we trust
And the moments of joy
Mirrored there in a glow
That will dazzle our eyes

E as pessoas em quem confiamos
E os momentos de alegria
Espelhados ali em um brilho
Que vai ofuscar nossa vista


Kiko ficou alguns segundos fora do ar, pensando no que ouvira e fitando as costas do vocalista. Assim que se recobrou, abraçou-o por trás e beijou-lhe, maroto, o pescoço.

-É mesmo?

André fechou os olhos ao sentir o arrepio percorrer-lhe a nuca. Respondeu manhoso:

-É... Não gostei mesmo...

-Mas eu amei... A tua boca é muito mais doce do que eu sempre imaginei...

Here in my heart, in my soul
Sharing the miracle of Hope
In my heart, in my mind, in my soul...
Stay hand in hand, stay with me
Love is the key to believe
In our hearts, in our minds, in our souls!

Aqui no meu coração, na minha alma
Compartilhando o milagre da Esperança
No meu coração, na minha mente, na minha alma...
Fique de mãos dadas, fique comigo
O amor é a chave para se acreditar
Nos nossos corações, nas nossas mentes, nas nossas almas!








-Você me ama?

-Amo - Kiko quase sussurrou, a boca colada à orelha do colega, as mãos segurando firme a cintura dele.

-Também te amo -ronronou, abraçando o outro.

Loureiro beijou novamente o vocalista, um beijo longo e terno. E desejou ficar pra sempre ali, abraçado àquele corpo quente e amado.

... But now no matter what I say,
Just look at the fireworks!

... Mas agora independentemente do que eu disser,
apenas veja os fogos de artifício!

Mas a noite era mais curta que a eternidade, e ficaram ali, juntos, suas silhuetas unidas, observando a luz que os fogos emanavam do espetáculo.

-s-s-s-s-s-

Agora que eu vi que a música ficou maior que a fic ToT Bom, pessoal, é isso. Feliz Ano Novo pra todo o mundo, Yaoi, Cafeína e Heavy Metal pra caramba em 2011. Não faça o André e o Kiko terem sofrido à toa. Comentem! Elenco: André Matos - Andy Niichan Gremista Kiko Loureiro - Elizia Kiyamada