sexta-feira, 29 de julho de 2011

Não tenho mais medo do Pecado


Hoje é aniversário da Milly, a minha filhota do coração, e a mamãe trouxe um presentinho pra ti, minha linda! (Teu pai preferiu só dar os parabéns rsrs)

Pros outros: essa fic contém yaoi Hitachincest. Ou seja: relacionamento homossexual masculino e incesto. Caretas, religiosos, gente chata, homofóbicos e vovós fora.

Os personagens não me pertencem.

Então, Milly, challenge accepted!

Eu não tenho mais medo do Pecado

-Hey, Hikaru, lembra daquela babá que a gente tinha? Eu tinha um medo ferrado dela. Ela ficava olhando pra gente com aqueles olhos arregalados, aquele cabelão esquisito.

-Parecia uma bruxa.

-É, ela parecia uma bruxa. Ela arregalava e falava do Pecado.

-O Pecado?

-É, o Pecado. Eu ficava com medo. Achava que era o Bicho Papão que vinha comer criancinhas.

-E quem era?

-Tu não lembra?

-Não, não lembro! Agora fala logo!

-Foi aquele dia. Aquele dia que a gente foi brincar no jardim.

-A gente sempre brinca no jardim!

-Calma, Hikaru! Pô! Tava um dia bem gostoso, a gente foi brincar no jardim. Ficamos lá, aí você se aproximou de mim. “Kaoru, olha isso.” “Isso o quê, Hikaru-chan?”. Eu cheguei mais perto. Tinha sol, aí não dava pra ver direito o que tu tinha na mão. “Olha”. Era uma pedrinha bonita e colorida e brilhante.

-A pedra, lembro da pedra. Eu guardei ela.

-Sim, guardou. “Posso pegar na mão, Kaoru-chan?” Você me olhou, acho que tava com ciúmes da pedra.

-Eu me lembro. Eu não tava com ciúmes da pedra, tava com ciúmes de você, porque você achava a pedra mais bonita que eu.

-Eu não achava a pedra mais bonita que você! Nada, nem ninguém, é mais bonito que você!

-Não? – Kaoru sorriu, enternecido com a declaração repentina do irmão.

Hikaru deu um selinho no outro e ele continuou:

-Bom, daí tu me deu a pedra. Tava brilhando mesmo.

-É linda mesmo.

-É, né? Aí eu falei “puxa, Hikaru, onde você achou?”. Aí tu disse “ali, ó”. Eu olhei.

-Eu me lembro. Aí eu fiz isso.

Hikaru pegou o irmão pelo queixo e o beijou bem devagar, com cuidado e carinho, sendo retribuído na mesma intensidade, abraçado.

Assim que o carinho se findou, os dois irmãos se olharam apaixonadamente.

-Foi sim.

-Eu só não entendi o que isso tem a ver com o Pecado.

-A babá, ela apareceu gritando que “é pecado, é pecado!”. Aí eu entendi.

-Entendeu o quê?

-Entendi que o Pecado é o bicho papão que come crianças que se beijam.

-Puxa, se você tem medo do Pecado então a gente não pode se beijar – Hikaru falou bem sério.

-Não tem problema – Kaoru retrucou, sorrindo. – Nós não somos mais crianças.

-s-s—s-s-s-s—s

Bom, é isso. Filhota, espero que tu tenha gostado.

E os outros, deixem review, senão eu vou contar pra mamãe que tão lendo yaoi.

terça-feira, 26 de julho de 2011

-Não me deixa.

Minific dedicada à Gremista, que ganhou o prêmio da minha promoção no tumblr (entra aqui e me segue, vai que tu ganha também). Contém yaoi Rafael Bittencourt x André Matos, mas nem dá pra perceber (ou quase, porque o único personagem citado nominalmente é o Kiko Loureiro.) A fic se passa na época que a banda estava se separando, um pouco antes do Fireworks. Isso é uma obra de ficção. Não me processem. (Quem me dera se o André Matos lesse isso aqui mesmo, pra poder me processar. mwahahaahaha. Eu ia meter algo do tipo "A-ha, tu anda lendo yaoi, então? Descoberto!" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Ele nunca vai ler, mas é engraçado do mesmo jeito.)

-Não me deixa.

Eu só disse isso, naquela noite. Éramos quatro zumbis olhando para o nosso mestre. Conde, Conde Drácula, por que nos mordestes?

Eu queria poder ser vosso escravo, Conde. Ajoelhar-me a vossos pés e pedir que me désseis ordens, Conde. Que espécie de veneno tem na vossa saliva, Conde, um veneno com gosto de mel e maciez de veludo, mestre?

Viverei minha vida inteira, mestre, à vossa sombra, mestre. Senhor, mordei-me outra vez, senhor. Eu vos imploro, senhor. Que me deixeis experimentar de novo vossa saliva, senhor.

Mas o senhor é esnobe. Ele não ouve os pedidos devotados de seu escravo mais leal.

-Porra, André!

O mais leal. O único. Só eu sou zumbi, só eu sou escravo do grande Drácula. Os outros três são livres.

Ainda vou mandar o Kiko calar a boca, Não ofende meu senhor, vou dizer. Eu o amo de toda a força do meu coraçaõ e da minha alma. Eu o servirei até à minha morte.

-Vocês venceram, eu fico.

Mentira, senhor. Mas podeis mentir à vontade, porque mandais. Sois o único que podeis. Ficastes de corpo, mas a alma não estava conosco.

Naquela noite, eu não disse "não me deixa". Eu sussurrei "não me deixa" mas queria dizer "vou contigo".

Minha alma foi.








Meu corpo não.

-x-x-x-

Bom, espero que tenham curtido, (principalmente a Andy e o André Matos, se tiver lendo isso aqui, deixa um comentário e uma foto bem caliente do lado do Rafael, porque eu não acho na net kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk)

Esse vídeo é bem legal:

sábado, 23 de julho de 2011

A Perfect Suicide

Oi, gente! Aqui estou eu, Elizia Kiyamada, - aquela baixinha chata mesmo, a que atualiza esse blog de vez em quando.

Voltando: vou postar essa songfic, baseada na música A Perfect Suicide, do Vision Divine.



Contém yaoi Fabio Lione x Michele Luppi.
Os personagens não me pertencem. Menores não podem ler yaoi.

Perfect Suicide


Two pills: I'll be free, don't you think?
Is it the only way?
One rope for my throat 'round that pole

Duas pílulas: Eu serei livre, você não acha?
É esta a única maneira?
Uma corda para a minha garganta enforcar naquele poste


“Você se acha muito bom, né? Eu sei. É a criatura mais estupidamente orgulhosa que eu conheço. É como se fosse o orgulho encarnado.

“E você me odeia, eu sei. É como se eu não fosse bom o suficiente pra chegar perto de você, o grande deus todo-poderoso. O Orgulho Supremo. E sua enorme legião de seguidores.

“Você odeia mais alguém, Grande Orgulho? Claro que odeia. Odeia todos aqueles que ousam te questionar, ir contra a tua vontade, não é?

“Mas eu não quero falar dos teus defeitos. Não foi pra isso que perdi o meu tempo escrevendo essa porcaria.

“Eu quero dizer, Grande Orgulho, que, apesar de tudo isso, eu não te odeio. Eu não te odeio. Nunca te odiei. Eu sei que você deve estar lendo isso e resmungando, o Luppi é um babaca. Babaca? Babaca!, reconheço. O maior dos idiotas, não só da Itália, mas do mundo inteiro.

Time to close my eyes
Time to say goodbye
Time for some of you
To shed some hollow, deceitful tears

Hora de fechar meus olhos
Hora de dizer adeus
Hora para algo de você
Para derramar algo vazio, lágrimas falsas


“Isso mesmo, senhor Orgulho. Eu sou capaz de reconhecer quando erro, quando sou idiota. Mas você não. Você me odeia. Me... Odeia. Por quê? Odeio escrever isso. V-O-C-Ê M-E O-D-E-I-A. Isso dói, sabia?
Você me odeia.
Você me odeia.
Você me odeia.
Você me odeia.
Você me odeia.

“Chato, né? Eu vou repetir isso até eu entender. Eu, Michelle Luppi, o maior idiota da Itália do mundo, preciso entender isso. Até pra poder escrever o teu nome.

“O teu nome. É fácil escrever. Não tem nenhum acento, nenhuma consoante dobrada. Nada. É um nome redondo e macio.

“Realmente, é um nome estúpido.

“Estúpido. É o nome mais estúpido que já ouvi. Por que alguém tão orgulhoso tem um nome tão estúpido?

All my life's been a joke
Plenty of misery
I've been chasing memories
Of the child that I keep in my mind

Toda a minha vida foi uma piada
Abundância de miséria
Eu tenho caçado memórias
De uma criança que eu mantenho em minha mente


“Não me responda, F. Não quero resposta. Até sei o que vai ser. Vai começar com porco e depois aquele monte de palavrões. Você sempre agiu assim comigo. Com qualquer outra pessoa, é um gentleman. E comigo? Comigo é um deus cruel. Um demônio.

“Eu nunca soube lidar muito bem com meus demônios, F.L., e você é o pior deles.

“Mas eu nunca odiei nenhum dos meus demônios. E você não é exceção. Ou melhor, é. É a exceção mais poderosa que que eu posso chamar de exceção. Pois eu não só não te odeio como te amo.

“Amo? Amo! Engraçado, F. É muito mais fácil dizer ‘eu te amo’ que escrever teu nome. Eu sou o maior babaca do mundo. Um tolo. TO-LO. Mas eu te amo.

“Eu te amo.

“Amo.

“Amo, Lione, amo.

“Mas não rasgue isso agora. Não, ainda não. Depois pode até fumar a carta, mas leia-a até o fim.

“Viu que eu consegui escrever o teu sobrenome? Foi uma vitória pra mim, sabia? E não doeu. Pelo contrário, tirou um peso estúpido de mim.

Fabio Lione.

…A perfect suicide…
You'll never see me crying…
That is a fair way to close with my pain
…A perfect suicide…
There's only a way to go…
Out of this world where my hopes were foreclosed and lost

...Um suicídio perfeito...
Você nunca me verá chorando...
Este é um belo modo de acabar com a minha dor
...Um suicídio perfeito...
Existe só uma maneira de ir...
Fora deste mundo aonde minhas esperanças foram encerradas e perdidas


“Eu vou dizer, enfim, o mais importante. Deixei o Vision Divine. Ele é seu. E não é só isso. Vou parar de te incomodar, e de te contrariar. E de te amar.

“Vou morrer, Fabio. De uma vez por todas. Ainda não sei como, mas vou. E, quando você souber disso, serei só uma nota de falecimento num jornal qualquer. Um quadradinho pequeno. Fabio.

“Suicida. Grandes coisas. Não vou sofrer mais quando você me chamar de ‘porco’. Finalize com: morto.

“Eternamente seu,
Michelle Luppi.

I can see your eyes full of scorn
Have you ever thought
I was so afraid and desperate

Eu posso ver os seus olhos cheios de desdém
Você pensou
Eu estava tão assustado e desesperado


“P.s.: se você ficar com a consciência pesada, vai me deixar mais satisfeito ainda.”

-Michelle!

Fabio apertou a carta entre os dedos. Sabia que o outro tinha deixado a banda, Olaf lhe telefonara de manhã. Mas daí a chegar nisso?

-Porco! Burro! Maldito!

Calçou os sapatos de qualquer jeito, e foi para o carro.

-Imbecil.

Correu para a casa dele.

-Espero que dê tempo.

Não soube quanto tempo demorou, só soube que demorou.

You hate what you fear, that's the truth
That's your call: I'm done
I'm one step closer to you

Você odeia o que você teme, esta é a verdade
Este é o seu chamado: Eu fiz
Eu estou um passo mais perto de você


Luppi estava sentado no sofá, olhando fixamente para as pílulas: ainda não tivera coragem de engoli-las.

-O que está fazendo aqui, Lione?

A resposta foi um soco:

-Porco estúpido!

Michele caíra no chão com a força do golpe e segurava o rosto ferido:

-Eu sabia que diria isso.

Fabio puxou o outro pelo pulso, fazendo-o levantar-se.

That is a fair way to close with my pain
Este é um belo modo de acabar com a minha dor


-Então sabia que eu viria – e o beijou.

O Luppi fechou os olhos e prendeu a respiração.

Deus, aquilo só podia ser uma alucinação provocada pela morte, ou pelos remédios.

Mas era real demais, Fabio Lione tinha uma força descomunal, como todo bom demônio deve ter.

Michele rendeu-se à força demoníaca. Agarrou os cabelos vermelhos e deixou-se beijar, como uma garotinha na primeira vez. Tremia.

Finalmente pôde respirar, muito e pouco depois, observado por dois fixos olhos verdes.

-Por que veio? – arfou.

Lione não respondeu imediatamente. Continuou olhando para ele, como que hipnotizado.

-Por que veio? – Luppi repetiu a pergunta não respondida.

Hipnotizado ou fascinado.

-Por qu...

Não pôde concluir, dessa vez. Foi dominado por um segundo beijo, tão furioso e faminto e desesperado como o primeiro.

Pôde se ver na mesma situação, imobilizado, agarrado aos cachos vermelhos, trêmulo e impotente.

Quando Fabio enfim teve piedade dele, e o deixou respirar e lhe disse:

-Achei que a resposta fosse óbvia.

Michele vibrou de felicidade e permitiu-se abraçar outra vez e sussurrou somente para si:

-Eu sabia que viria.

Lione ouviu, sorriu, mas fingiu que não. É claro que ele sabia. Sempre soubera.

…a perfect suicide…
You'll never see me crying…
That is a fair way to close with my pain
…a perfect suicide…
There's only a way to go…
Out of this world where my hopes were foreclosed and lost
…a perfect suicide…

...Um suicídio perfeito...
Você nunca me verá chorando...
Este é um belo modo de acabar com a minha dor
...Um suicídio perfeito...
Existe só uma maneira de ir...
Fora deste mundo aonde minhas esperanças foram encerradas e perdidas
...Um suicídio perfeito...


-z-z-z-z-z-z-

Avisos aos engraçadinhos: Fabio, em italiano, NÃO tem acento. Eu sei que em português tem.

Michele NÃO é nome de mulher. É Miguel, em italiano. E eu nunca sei se é com l ou ll. Não importa, também.

Deixem comentários, ou a Grande Cabra vai castigar vocês.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Viagem

Fabio - Eli, temo probleme.

Eli - Que tipo de problema?

Fabio - Grave, o nem tanto.

Eli - Pára de embromar e fala logo!

Fabio - Tu tava no meio dum lavoro, né? Non tem como noi ir pra Itália ora, non?

Eli - Vem cá, tu NÃO quer ir pra Itália?

Fabio - Non è questo... È ché...

Eli - FALA LOGO E PÁRA DE EMBROMAR, POW!

Fabio - TÁ BENE! MA NON GRITA CON ME!

Eli - tá né ¬¬"

Fabio - Enton. Faz doi natali ché io non visito mia madre.

Eli - CUMEQUIÉ?!

Fabio - Tu ascoltou.

Eli - Vou me matar rapidinho e já volto.

Fabio (segura ela pelo braço) - Óia, non è ton ruim assim. Lá non tá frio! (sorriso amarelo)

Eli - Não colou.

Fabio - Io sei che non... Ma non dá pra fazer una forcinha?

Eli - Tu falasse de mim pra ela?

Fabio - Non era pra parlar?

Eli (pensando "Achei que ia me safar dessa") É claro que era! Imagina se não! Vamos pra Itália visitar tua mamãe.

Fabio - Oia, Eli, tu non precisa ir. Sério. Io vou, parlo pra ela ché tu tá lavorando, sei lá.

Eli - Ela vai achar que eu tou de má vontade. Vamos.

Continua...