terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Retrospectiva 2013

Então, negada. Fiquei séculos sem postar aqui, então vou colocar umas paradinhas que eu me lembro do ano que passou, só pro negócio não ficar em branco.

Bem, esse ano eu comecei uma pequena coleção de CDs do Rhapsody e ela já está bem adiantada. Essa foto tá desatualizada, depois eu ainda comprei o From Chaos to Eternity, The Cold Embrace of Fear, The Frozen Tears of Angels e o Symphony of Enchanted Lands. Foto velha porque meu celular tá sem bateria.

Ps: aceito os restantes de presente.

Outra coisa boa que me aconteceu foi terminar o TCC. Foi sofrido, demorou pra caramba, mas ele está pronto, foi defendido, arrumado, e está online aqui.

Bom, depois (e por causa disso) eu me formei Bacharel em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa.



Mas eu não larguei a faculdade. Pedi retorno pra fazer Licenciatura (ou seja, pegar minha autorização formal para torturar criancinhas) e me arrependi um punhado de vezes. Sofri pra caramba - mais que com o tcc, arrisco, afinal, era em dupla - e consegui entregar (sozinha). Ainda falta um semestre. Também fiquei satisfeita de ter dado uma oficina sobre rpg pros meus alunos no estágio - ainda bem, porque o projeto de docência me deixou desanimada.



Também perdi uns quilinhos e uns centímetros (são 75,5 na cintura, agora. Eu já tive 81). Estou pesando 66,6 kg ( já tive 72).

Esse ano eu li poucos livros, mas consegui devorar a trilogia do Senhor dos Anéis durante as aulas! - redescobri o prazer de ler =D

Também fiz um curso de maquiagem - não que eu tenha usado muito - mas fiz.

Por último, voltei a bordar - foi em dezembro, mas foi ótimo. Terminei hoje meu primeiro bordado do ano - e também o último - mas pretendo bordar muitos mais em 2014. 

Cachepots que eu mesma fiz (e dei de presente pra minha mãe)

Projetos pra 2014

1. Terminar a licenciatura
2. Aprender a dirigir
3. Estudar para um concurso
4. Arranjar um emprego
5. Bordar, costurar e cozinhar mais

Tá ótimo hauhaha

Enfim, Feliz Ano Novo pra todo o mundo, e muita força pra galera realizar seus sonhos!


terça-feira, 21 de maio de 2013

Impressões sobre Otelo

Gostei dessa imagem, parece a imagem que sempre botam do Shakespeare haha

E aí, galerinha irada?! (narrador de sessão da tarde off)

Enfim. Já faz um tempinho que eu li o Otelo, do Shakespeare (o criador do humano, segundo o guru da classe média sofre, Harold Bloom). Quando o professor de brasileira dois passou Dom Casmurro pra gente, há sei lá, um ano, eu perguntei pra ele se era bom ler o Otelo antes, depois ou junto. (Todo o mundo sabe que o Machado se inspirou em Otelo pra escrever o Dom Casmurro). Sabem o que ele me respondeu? "Otelo é bom ler sempre, com ou sem Casmurro".

Eu não li naquela época, não deu tempo, e fui ler esse semestre, por minha conta e risco. A propósito: essas minhas impressões vão ter spoilers, se não tiver afim de ver spoilers acho bom ler outra coisa haha.

Começando. O nome todo da obra é "Otelo, o mouro de Veneza" (Veneza é aquela cidade da Itália que tem os canais entre as casas e passam aqueles barquinhos supercharmosos). Acontece, meus caros, que o Otelo não é mouro. (Trilha sonora de suspense). Ele é negro! Segundo o editor/tradutor/revisor, para Shakespeare, mouro, negro e pagão (acho que a palavra era essa, eu já devolvi o livro há eras) são a mesma coisa. Antes que vocês xinguem o Shakespeare, leiam a minha "resenha" até o fim.

O Iago, que é o vilão, é um sujeito simplesmente sem escrúpulos que, hoje, seria um leitor assíduo da Veja. Enfim. O Otelo, que é general (um sujeito absolutamente foda, porque, com o clima racista que paira entre as pessoas no livro, conseguiu virar general de uma cidade exclusivamente de brancos né. Além de que ele é super respeitado), em vez de promover o Iago, promoveu um rapaz que é matemático, eu acho. O Iago ficou pê da vida e resolveu sacanear o Otelo.

Desdêmona é uma guria bem ao clássico mocinha de romance romântico: loirinha, obediente, meiga, bonitinha, etc, etc, etc. Ela acaba se apaixonando pelo Otelo porque ele ficava contando as histórias das aventuras que ele viveu, da vida sofrida que ele teve. Casou com ele contra a vontade do pai e todo o mundo fica falando que isso não vai durar, porque ela casou com o Otelo por peninha e, como ele é uma criatura medonha e repulsiva (como eles dizem), ela logo vai se arrepender e largar ele. E é aí que o Iago resolve atacar. Ele arma todo um plano (mais enrolado que a saga do Angra tentando descolar um vocalista novo e 879899878976567890 de vezes mais engenhoso que qualquer plano de vilã de novela da Globo pra separar o mocinho da mocinha) de modo que ele ainda passe por bonzinho! (enfim, um cara foda)

Ele usa o matemático promovido pra parecer que a Desdêmona tá traindo o Otelo com ele e mais um manolo que é gamadão na Desdêmona (e ela, aparentemente, nem sabe que esse cara existe).

Enfim. Agora que vocês conhecem a história, eu vou dizer porque eu discordo da opinião do revisor/editor do livro. As palavras negro e mouro são, realmente, usadas como sinônimos no livro. Mas o comportamento do Otelo desmente o que todas as pessoas dizem sobre ele (exceto uma fala do Iago, que diz que ele é crédulo, mas o próprio Iago, que é um poço de racismo e de machismo, não relaciona essa credulidade com a cor do Otelo). Ele é gentil, inteligente, competente e etc. Ele só trata mal a Desdêmona quando "descobre" que ela tá traindo ele (chega a bater nela) mas esse comportamento, pelo que o resto dos personagens dizem, é um comportamento normal de um sujeito chifrado (Shakespeare viveu nos séculos XVI-XVII).

O Iago também faz uma série de afirmações bem machistas, mas as mulheres do livro desmentem isso e ele, como eu já disse, é um sujeito desprezível.

Enfim. Acho que dá pra sustentar que Shakespeare não concordava com essas opiniões sobre os negros e as mulheres, embora, para isso, tenha que se fazer uma análise cuidadosa da obra (é uma peça teatral, portanto não tem narrador) e das demais peças dele.

Pra finalizar, eu lembro que essa peça é uma tragédia e, portanto, morre todo o mundo no final.

Ah, e, antes que eu me esqueça: a melhor personagem do livro é a Bianca, mulher do Iago e dama de companhia da Desdêmona. Pra vocês terem uma noção, no meio do livro ela pergunta pra Desdêmona: "tu botaria chifre no teu marido?" Aí a Desdêmona: "Não! Nunca! Tu botaria?" Bianca "Eu sim! Não por umas joias ou uns vestidos, mas, pelo mundo inteiro, eu botaria!". Hahahaha. Depois "se eles querem que a gente seja fiel, que tratem a gente bem!"

Outra coisa: Shakespeare não inventou essa história. Ela já existia, é de um dramaturgo italiano, não lembro quem. Shakespeare, obviamente, mudou muito e transformou numa das maiores obras da literatura ocidental (depois de Hamlet e da Odisséia haha).

Leiam, velho, é muito legal. Eu li em duas vezes que peguei o livro (é fininho e foda).

Ps: na foto do Shakespeare do meu livro ele tinha brinquinho

Reparem no brinco haha



terça-feira, 14 de maio de 2013

Oi, galerinha do mal! Sentiram a minha falta? Claro que não, né?

Bem. Como vocês (não) sabem, eu ando envolvida com a redação do meu TCC - pra quem não sabe o que é, é o chefão final da faculdade, isso mesmo, aquele manolo nego velho que o cara tem que vencer pra zerar o jogo e que tem umas vinte barrinhas de energia. Em outras palavras, é um trabalho que deve ser apresentado pra concluir a bendita.

Bem. Eu tenho andado envolvida com a batalha contra o chefão final. Pra vocês terem uma noção da coisa, eu fiquei tão estressada com isso que fiquei umas boas semanas  sem conseguir nem pintar a unha (ou foram anos? Devem ter sido anos, meu Deus). Eu até tentei, vou dizer a verdade, tentei. Mas só a ideia de ficar com as mãos pra cima, paradas, esperando o esmalte secar, me fizeram tirar tudo e deixar ao natural mesmo.

Essa semana que eu consegui botar uma cor nelas. Um rosa simples, camada dupla, sem desenho, sem nada. O Cinturinha, da coleção Anos Dourados, da Impala. Ei-lo:

A mãozinha de unhas verdes com bolinhas é a da minha mana, Andy,  dona do blog Sábado Chuvoso, de onde roubei essa foto <3 br="">


Não é grandes coisas mas foi uma vitória pra mim. Me sinto uma daquelas pessoas que se recuperaram de uma doença grave achando graça em coisas insignificantes, tipo esmalte de unha ou cachorros (mentira, cachorros não são insignificantes). A diferença é que eu ainda não estou curada.

Eu enviei a versão final pro professor. Aí me conscientizei de que tinha acabado, foi tipo uma reação natural a uma ameaça dessas. E, quando ele me respondeu pedindo pra eu fazer um monte de alterações, eu fiquei um bom tempo pra me conscientizar de novo que precisava continuar lutando, porque o chefão não tinha morrido ainda.

Enfim. Estou com um chefão pra derrotar e, ainda por cima, não posso estragar as unhas.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Palavrões

Bom, gente, como vocês já devem saber (principalmente quem me conhece de outros carnavais), eu tenho a boca muito suja - faço uma pausa pra confessar que pensei em inserir um palavrão aqui, mas me contive bem  a tempo.

Mas eu tava dizendo que eu tenho a boca muito suja e que já cansei de ouvir que isso é feio e blá blá blá. Aí eu andei pensando: o que torna uma palavra um palavrão? Tipo, quem resolveu que "merda" é um palavrão? O que que "merda" tem que outras palavras não têm?

Antes que alguém diga que essa resposta é fácil, porque "merda" designa um elemento mal-cheiroso e pouco agradável, eu gostaria de lembrar que "fezes" - palavra digna o bastante pra aparecer num texto científico - e cocô - que faz parte do vocabulário infantil - designam exatamente a mesma merda - com o perdão da palavra.

Ora, então, é o uso. É, deve ser, porque até eu, que tenho a imaginação bem fértil, acharia no mínimo bizarro alguém bater o dedinho na quina dum móvel e gritar "fezes!" [pausa pra rir]

Eu estava até satisfeita com essa explicação, quando me lembrei duma outra coisa. "Foda-se" é palavrão, certo? Certo, embora eu não veja problema nenhum nisso. Aí, algumas pessoas, pra tornar o próprio texto mais publicável, trocam "foda-se" por "dane-se" que não é palavrão. Certo?

Legal, mas, nesse caso, as duas palavras têm exatamente o mesmo emprego, na mesma situação. Então, por quê?

Bom, nesse caso, podemos apelar  para o significado. "Foda" significa o ato sexual, que é um tabu na nossa sociedade judaico cristã e...

Muita calma nessa hora.  "Danar" é condenar ao inferno, o que, na minha humilde opinião, é muito pior que sexo, mesmo numa sociedade em que este é um tabu.

Leiam mais de uma vez e pensem se não ficaria bem mais enfático se o lema do Calvin fosse "Que se foda"


E tipo, não é porque a palavra "soa" feia, porque foder e poder são muito parecidas (tanto que tem umas piadinhas do tipo "phoder" e sei lá mais quê) e poder não é considerado um palavrão. 

Então, meu desocupado leitor, o que tu acha? O que dá a uma palavra a "imensa honra" de ter "chulo" antes de seu significado no dicionário? Seria o dicionarista o responsável por relegar algumas palavras à categoria de palavras chulas ou ele simplesmente registra a imensa injustiça que fazem com as coitadas?

Pensem sobre isso.

Ps: eu não usei nada de estranho.

Eu postei esse no blog novo.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Propaganda

Então, povinho. Eu fiz um blog novo pra postar as coisas decentes que eu posto aqui (pra quem quiser ver as decentes não precisar ver as indecentes rsrsrs). Eis o link: http://contosetrocados.blogspot.com.br/

Bom, mas eu dizia. Se vcs quiserem seguir, fiquem à vontade. Senão, não vão perder muita coisa, porque eu vou postar as mesmas coisas aqui


E, antes que eu me esqueça: Feliz Ano-Novo pra todo o mundo!