terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Eu sei que vou te amar


Bom, hoje é dia de São Valentino, o que torna isso dia dos Namorados na Gringolândia. Aqui não é, mas eu fiquei contaminada pelo Tumblr e pelo Stardoll, e fiz uma fic gay-gay-gay pra comemorar isso.

Aos avisos: Rafael e André não me pertencem *okay face*. Bom pra eles. Isso aqui não aconteceu de verdade, é mera ficção (infelizmente). Essa fic contém yaoi, que é dois homens lindos-gostosos tendo relacionamentos amorosos e o que mais essa autora pervertida conseguir imaginar (e escrever, que é o mais difícil). Menores de 18, vão comer chocolate e tomar Coca-Cola. Quem não gosta também. Agora, quem gosta, fique à vontade pra ler, postar comentário, reblogar e sei lá mais quê que quiser fazer.

Eu sei que vou te amar

Debruçou-se sobre o sofá, Rafael impaciente brigava com o violão.

-O que está fazendo?

-Arrebentei essa droga – resmungou, enrolando a corda com raiva.

André estranhou. Rafael normalmente fazia com um longo prazer tudo que fosse relacionado à música.

-Me deixa te ajudar – pediu, puxando cuidadosamente o instrumento da mão do amigo.

O guitarrista ficou muito vermelho, mas deixou o André fazer o que queria.

-Velho, que bagunça isso aqui. Como tu conseguiu fazer isso?

Rafael deu uma risadinha sem graça:

- Eu sei lá, vei.

O vocal riu também, foi desamarrando devagar os nós feios que o amigo tinha feito.

O Bittencourt foi ajudar e recebeu um tapinha na mão:

-Sai, que tu não sabe desfazer nó!

-Sei sim, me dá – Rafael riu, segurando a mão do amigo. Depois olhou-o nos olhos, como que assustado com o contato.

André também parou e corou, ficando muito mais vermelho que Rafael podia lembrar de tê-lo visto, mesmo não conseguindo lembrar quando o vira pela primeira vez, como se se conhecessem desde a eternidade.

Matos sorriu, soltando a mão do colega, como que para quebrar o clima tenso que se instalara entre eles:

-Nem precisa. Olha, eu consegui.

Bittencourt, embasbacado, demorou uns instantes para aceitar a corda de volta e amarrá-la ao instrumento, e depois afiná-lo devagar e com cuidado. Suas mãos tremiam.

-Pronto – declarou, ao finalizar o trabalho. – Renascido das cinzas!

Dessa vez André chegou a rir, mas o amigo não achou graça na própria piada. Olhava inseguro para o violão, como se no buraco da caixa acústica estivessem as respostas para todas as perguntas do universo.

-O que está fazendo? – perguntou Matos, estranhando o comportamento bizarro do colega.

E então Rafael pigarreou, ajoelhou-se:

-André... Eu tenho uma coisa pra te falar.

O vocal ficou parado, olhando, sem entender nada.

Bittencourt ajeitou o violão no próprio colo, em seguida começou a dedilhar, tão ansioso e trêmulo como quando afinara o instrumento. E depois começou a cantar, como se cada palavra fosse uma pequeniníssima parte de seu coração, que ele queria entregar inteiro ao André.

Eu sei que vou te amar

Por toda a minha vida eu vou te amar

Em cada despedida eu vou te amar

Desesperadamente eu vou te amar

André cobriu a boca com as mãos, contendo as lágrimas que surgiram quando ele reconheceu a música.

E cada verso meu será

Pra te dizer que eu sei que vou te amar

Por toda a minha vida

Eu sei que vou chorar

A cada ausência tua eu vou chorar

Rafael queria ver o que causava no amado com a serenata, mas não podia: tinha que se concentrar nas notas e na voz.

Mas cada volta tua há de apagar

O que esta ausência tua me causou

Eu sei que vou sofrer

A eterna desventura de viver

A espera de viver ao lado teu

Por toda minha vida

André pulou no pescoço do guitarrista, abraçando-o muito forte, chorando intensamente de felicidade.

-Rafael... eu... eu...

-Shhhh, não fala nada... – o Bittencourt já estava mais calmo, após perceber que era capaz de executar a serenata inteira sem erros.

Matos conseguiu finalmente olhar nos olhos do amado, e recebeu um cálido beijo nos lábios:

-Feliz Dia dos Namorados, meu amor!

O vocalista sorriu, e trocou o beijo doce por um atrevido, fogoso, com todo o amor e a entrega que tinha no peito:

-Achei que tu não ia lembrar – disse marotamente.

-Eu nunca esqueço de ti – declarou o guitarrista, puxando uma caixa de bombons. – Divide o presente comigo?

-Não! – André roubou a caixa para si, rapidamente abrindo um e pondo na boca: - Vem pegar!

Rafael riu, e aceitou o desafio.

-x—x-x-x-x—x-x-x-x—x

Eu mereço reblog/comment/like de Valentine’s Day?

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