segunda-feira, 5 de abril de 2010

Neutro

Uma imensa mancha fulgurante caía breve no horizonte. Era o Sol, ou talvez fosse a lua? Medo. Tive medo, mas ele me abraçou, a ingênua gratidão de amar incessantemente, como se pecasse. E seus pecados, inocentes, me faziam confiar nele, como se fosse essa a minha última esperança. E talvez eu tenha sorrido, porque eu o amava. Talvez eu tivesse morrido, foi meu último desejo. Morrer de amor, até que não haja mais claridade no céu, até que eu queira esquecer o que me aconteceu.

Fujam, fujam. O incompleto está logo ali, tão perto como nós mesmos, mergulhados na nossa própria incerteza. Morremos devagar, porque não temos coragem de fazer rapidamente. Morremos rápido, mas porque não temos condições de evitá-lo.

Abracei-o mais forte, como se fosse a última vez. E era, era o meu fim. Mas não o nosso, ele permaneceria ali, tão igual como sempre fora. Quem morreria seria eu, pela metade.

Escolha uma continuação para isso:
http://confissesdeumabakaautoradeyaoi.blogspot.com/2010/04/narusasu.html

http://confissesdeumabakaautoradeyaoi.blogspot.com/2010/04/shikaneji.html
http://confissesdeumabakaautoradeyaoi.blogspot.com/2010/04/nos.html




Nenhum comentário:

Postar um comentário