terça-feira, 23 de novembro de 2010

Pupila

Bom, a última fic que eu repostei não recebeu nenhum comentário, mas eu estou com preguiça de escrever qualquer coisa criativa, então reposto outra:


Pra começar, Naruto não me pertence (mas eu ainda vou devorá-lo)

Asuma é bem mais velho que a Ino.

Estão avisados.

Pupila

(Pupila [do latim pupilla, 'menininha, bonequinha'] 1. menina-dos-olhos; 2. discípula.)



Onze entre dez pessoas que trabalham a semana toda escolhem o dia de folga para fazer compras.

Como todo homem que se preze, Asuma resolve "encher a despensa" quando esta vira um amontoado de pacotes de miojo, de Sazón, de bolacha, de pão, de salgadinho, garrafas de saquê, latinhas de cerveja e carteiras de cigarro – tudo vazio.

Apesar de não haver nada comestível, "bebível" ou "fumável" em casa, ele não tinha pressa: seguiu pela rua pouco movimentada, parando de repente quando um tufo de cabelos louros lhe chamou a atenção.

Na vitrine da loja havia muitas bonecas de porcelana, mas uma só o fez prender o olhar, por lembrá-lo de uma conhecida. Uma menina especial.

A boneca trajava um vestido de seda estampada em quadriculado miúdo preto e branco, um chapeuzinho branco com um laço no mesmo motivo da roupa. Os punhos, a gola e as barras eram decoradas com bordado inglês alvo e, sob a saia, podiam-se ver sete anáguas brancas de renda. Na cintura, ia um aventalzinho de babados. Os pezinhos eram cobertos por um sapatinho boneca.

Os olhinhos azuis, muito redondos, pareciam dizer "Olá, sensei", enquanto a boquinha pequena sorria.

-Ino... – sussurrou para si e deu meia-volta. Precisava parar de pensar assim nela.

-Olá, sensei! – uma voz cristalina chamou.

O jounin fechou os olhos. Maldição. Ou ele enlouquecera de vez ou a boneca criara vida.

-Asuma-sensei!

A primeira hipótese continuava sendo a mais plausível.

-Asuma-sensei? Está me ouvindo? – disse a voz, mais próxima, e uma mão macia segurou-lhe o antebraço.

Existem alucinações palpáveis?

Virou-se.

-Ino?

A boneca criara vida mesmo.

-Estava distraído, sensei? – ela perguntou, seu riso fácil era tão lindo. – Ou está apaixonado?

O coração do jounin falhou uma batida. As bonecas também têm sexto sentido?

-Ah... Uhm... Ain...

-Então está! Ah, sensei, que fofo! Ela tem muita sorte!

"Agora ela vai perguntar por... Peraí! Ela disse sorte?"

Ino sorria:

-O senhor devia comprar um presente pra ela. Sei lá. Flores. Toda mulher adora receber flores!

"Flores? Presentes? Parece que você sabe que ela é você, minha pupila."

Fitou-a e, de repente, surgiu diante dele a mesma Ino, porém vestida como a boneca de porcelana. Tirando, claro, o fato de a menina segurar uma sombrinha xadrez ornada com rendinha.

-Sensei – disse a pequena num sopro de voz e sentou-se, uma inocência misteriosa estampada nos olhos tão azuis. Cruzou as pernas e as anáguas sucediam-se, tentadoras. Asuma ajoelhou-se diante dela e se pôs a levantar as saias, uma de cada vez.

A última chegou, tão branca e igual às outras, mas com um sabor de descoberta, de pecado, sem igual. Ergueu-a, finalmente. As canelas eram brancas e engrossavam em coxas e, acima delas, havia o quadril. Descobriu, então, que a alvura das pernas era uma meia-calça de lã, que escondia mais do que deveria.

Ino ergueu-se, tomando as saias da mão do mestre, caminhando delicadamente, a sombrinha cobria-lhe parcialmente o rosto.

Correu a acompanhá-la, satisfeito em sua loucura, ofereceu-lhe o braço, ela aceitou, até chegarem à ponte.

Lá, a gennin parou, tirou uma das luvas delicadas e entregou a mão, que foi beijada afoitamente, os beijos subiram pelo braço, até o pescoço, que foi lambido quase com fervor.

Ela o deteve, pousando ambas as mãos espalmadas sobre o peito do professor, e o beijou na boca.

Aceitou o carinho e o ritmo que ela impunha, enroscando as línguas, mordendo-lhe de leve o lábio inferior.

Ino abraçou seu sensei com força, ficou na ponta dos pés para beijá-lo, deixou as mãos dele segurarem sem ousadia a cintura fina.

A menina acariciou os cabelos do Asuma, vendo-o sorrir satisfeito.

-Está feliz? – perguntou com ar misterioso e obteve resposta afirmativa:

-Como não estaria, se tenho diante de mim o mais lindo dos anjos, a menina dos meus olhos?

Beijou-o outra vez, com paixão, depois calçou a luva que tirara e sorriu languidamente.

-Asuma! Ô Asuma! Tá surdo, é?

Sacudiu a cabeça. À sua frente estava Shikamaru com as mãos postas na cintura e uma feição meio preocupada.

-Shikamaru?

-Ah, acordou? O que é que tu tá fazendo aí parado, com cara de idiota?

Olhou em redor. Estavam na ponte, e nem sinal da menina.

-Onde está a Ino?

-Ino? Tem Ino aqui não. Bebeu?

-Mas ela estava...

-Está na floricultura da família. Acabo de vir de lá – explicou o chuunin. – Agora sai daqui que querem passar um sofá e você está no caminho.

Obedeceu e, quando enfiou a mão no bolso do colete, achou um lenço branco com o ideograma de "Ino" bordado e com o cheiro dela.

Aquilo fora bom demais para ter sido real, e real demais para não o ser.

BASTIDORES

Asuma – A única louca aqui é você, Kiyamada!

Elizia – Mas ficou booom ^_^

Asuma – Eu nunca apareço nas fics e, quando você resolve fazer uma pra mim, é uma asneira dessas?

Eli – Não enche, vai. Senão eu posso te abduzir pra Saturno e aí vais ser esmagado pelo teu próprio peso u.u

Shikamaru – Morte divertida essa... e.e

Eli – E tu, Shika? O que achou?

Shika – A Ino é minha!

Eli – Pô, a guria tá podendo. Mais alguém?

Chouji – Eu!

Eli – Ah, vão se catar! =P

P.S.: Adote uma baka, deixe um review!

4 comentários:

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. .-. ... sorry pelo número de comentários excluídos... o importante é que comentei xD

    Suzaku-kun (Code Geass): Bá... onde esse mundo vai parar? E eu que pensei que lutas com mechas pra dominar o mundo e poderes como geass eram o cúmulo...

    XD

    Massa, massa ^^

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  4. Particularmente eu prefiro Yaoi Lemon mas um pouqinho de (acho que é)shoujo-ai serve ^^'

    Aliás, eu achei a fic linda, tb realmente achei que a "alucinação" era de verdade

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